terça-feira, 31 de março de 2009

Estrutura e funcionamento do ensino

Área Educacional

LEITURA RECOMENDADA


Apesar dos esforços em tornar público o acesso às novas tecnologias digitais, por meio de disponibilização de equipamentos em espaços públicos e sua utilização gratuita, nosso país se encontra distante de uma inclusão digital efetiva, em vista dos fatores sociais que contribuem para a exclusão da maior parte da população a quem não basta facilitar o acesso às novas tecnologias: é necessário que se construa sua cidadania a partir da educação.
A introdução das novas tecnologias no mundo civilizado impõe às pessoas a aquisição de novos conhecimentos que nem sempre estão disponíveis: é semelhante a disponibilização de bibliotecas para um povo analfabeto, ou que não tenha adquirido a norma culta. Apesar da vasta gama de informações disponível, seu uso restringe-se à procura de poucas informações específicas, que satisfaçam a necessidade de um determinado momento.
É nesse contexto que a escola, como agente socializador e promotor da construção do conhecimento, tem seu papel mais importante: de não somente utilizar as novas tecnologias como instrumentos de transmissão de informações, mas como ferramentas que propiciem a aquisição do saber e de consolidação da cidadania do seu público alvo, os alunos.
Assim como a escola é o principal agente responsável pela formação do conhecimento, mediando a sua construção e democratização dos conteúdos também cabe a ela proporcionar a sua inclusão digital, fornecendo os conteúdos que a nortearão em seu desenvolvimento junto às novas tecnologias.
Semelhante ao processo de alfabetização propriamente dito, a mera disponibilidade dos equipamentos não possibilita a sua apropriação cultural, como a disponibilidade de livros revista e periódica não é suficiente para que seu conteúdo compreendido e apropriado. Dessa forma, percebemos que o papel da escola, em especial o do professor, é determinante no desenvolvimento do indivíduo que se aproxima das novas tecnologias, orientando sua utilização e apontando as possibilidades de sua utilização para a construção do conhecimento.
“A educação no contexto digital deve ser vivenciada como uma prática concreta de libertação e de construção da história”, afirma Gomez (2004), e nessa prática devem estar envolvidos tanto alunos quanto professor, ambos como aprendizes solidários num projeto de construção da sociedade.
Na década de 1960, em contraposição à cultura alfabética, houve a emergência da cultura áudio-visual, produzindo verdadeira revolução nos meios de comunicação e na sociedade. A escola inovou seu currículo, particularmente no ensino da linguagem, que procurou abranger as novas expressões vocabulares que se iam instalando num contexto cada vez mais complexo. Não houve dúvidas de que a linguagem possuía um papel na constituição da realidade social.
Menos de meio século depois o processo se repete com a emergência da cultura digital, que também exige uma reformulação da linguagem, com ingresso de novos vocábulos e signos que diariamente são depositados em nossa cultura. Da mesma forma, surge a necessidade de reformulação do currículo escolar para incorporar as tecnologias emergentes, e, sobretudo a sua incorporação como ferramenta de aprendizagem, incorporando-as às práticas escolares tanto quanto já estão inseridas nas práticas sócio-culturais.
A globalização e a informatização caracterizam um novo tipo de sociedade, denominadas sociedade da informação.
Formar pessoas para um mundo globalizado, imerso em uma cultura digital e em acelerada mudança – a educação tradicional vê aflorar novas formas de pensar, de construir e de comunicar o conhecimento, as quais lançam importantes questionamentos quanto a seus objetivos, práticas e resultados.
Esse aspecto faz-nos refletir sobre caminhos para uma prática educacional que cumpra sua função social, reconhecendo na tecnologia uma aliada, que tenha condições de analisar criticamente o que lhes é proposto e impulsionar mudanças internas e externas baseadas em suas necessidades, valores e prioridades.

Reforma universitária- Estrutura e funcionamento do ensino

Área Educac

LEITURA RECOMENDADA


1.1 LEI DE REFORMA UNIVERSITÁRIA 5540/1968

Com a reforma universitária, através da Lei 5540 de Novembro de 1968, foram introduzidas algumas inovações:
a) Extinção da cátedra e sua substituição pelo departamento e a concomitante instituição da carreira universitária aberta;
b) Abandono do modelo da Faculdade de Filosofia e a organização da Universidade em unidades, isto é, em Institutos (dedicados à pesquisa e ao ensino básico) e Faculdades e Escolas (dedicadas à formação profissional);
c) Currículos flexíveis, cursos parcelados, semestrais com introdução do sistema de créditos;
d) Introdução dos exames vestibulares unificados e dos ciclos básicos, comuns a estudantes de diversos cursos;
e) Instituição regular dos cursos de pós-graduação (de mestrado e doutorado), bem como dos cursos de curta duração.
Mas não era essa Reforma que os estudantes e professores reivindicavam. Apesar da extinção da cátedra e da criação do departamento, a Reforma Universitária promovida pelo governo, possibilitou a intensificação do domínio da burocracia e do poder centralizado dentro da universidade brasileira, sobrando pouco espaço para a participação da comunidade universitária. A grande concentração do poder estava nas mãos do reitor.

1.2 LEI DE 1º E 2º GRAUS 5692/1971

A Lei 5692 organiza o Ensino de 1º e 2º graus.
Artigo 1º – diz que esta tem o objetivo de proporcionar ao educando o desenvolvimento de suas potencialidades para sua auto-realização, para a preparação para o trabalho e o exercício da cidadania.
O currículo, citado no Artigo 5º é estabelecido pela instituição de ensino.
As matérias comuns de cada grau de ensino e a duração para a habilitação profissional em cursos profissionalizantes serão fixadas pelo Conselho Federal de Educação.
Com relação à ordenação do currículo citado no Artigo 8º, serão feitas séries anuais de disciplinas, áreas de estudos ou atividades para atender às dificuldades individuais dos alunos.
Artigo 9º – refere-se a alunos com deficiências físicas ou mentais, os que se encontram em atraso com relação aos outros de sua idade e os superdotados que deverão receber tratamento especial.
Artigo 11º – estabelece o funcionamento dos períodos letivos regulares para além de outras atividades, como um programa de recuperação do aluno, áreas de estudos, atividades planejadas e programas de aperfeiçoamento de professores.
O Artigo 16º diz que caberá aos estabelecimentos de ensino expedir os certificados de conclusão das séries e certificados correspondentes a habilitações profissionais.
A Lei 5692 de 11 de Agosto de 1971 modifica substancialmente o ensino primário e médio, que fora fixado pela Lei 4024/61, introduzindo inovações nestes níveis de ensino que lhes darão uma configuração inteiramente original.
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Estrutura e funcionamento do ensino- Império

Área Educacional

LEITURA RECOMENDADA


Quanto ao ensino secundário, o período colonial levou ao imperial uma série de aulas avulsas e dispersas. Sua principal função era preparar os estudantes para o ingresso nos cursos superiores, constituídos por escolas isoladas de formação profissional.
A partir do Ato Adicional de 1834, passaram a constituir dois sistemas paralelos de ensino secundário: o regular, reduzido quase que apenas ao Colégio Pedro II, e o irregular, centrado ao preparatório para o ensino superior.
O Colégio Pedro II que deveria funcionar como padrão para os demais estabelecimentos, era pouco freqüentado, e no final do Império, submeteu-se ao sistema inorgânico de cursos avulsos.
A República não herdou do Império um sistema articulado de ensino, para ingressar no secundário não se exigia a conclusão do primário; para ingressas no superior não se exigia a conclusão do secundário.

IMPÉRIO (1822-1889)

Quanto aos conteúdos curriculares, as matérias de humanidades ocupavam cerca de 60% do tempo. A Constituição Outorgada (1824) estabelecia a “instituição primária” gratuita a todos os cidadãos e quase de passagem aludia mais adiante a colégios e universidades, entretanto, nem acenava com os meios para tornar efetivas essas disposições, nem distribuía responsabilidades para fixar em esboço o que fosse uma política nacional de educação. Em 1854, sob evidente inspiração francesa, dividiu-se a instituição primária em elementar e superior. Na elementar chamada igualmente de 1º. grau deveriam ensinar:
· Instrução moral e religiosa;
· Leitura e escrita;
· Noções essenciais da gramática;
· Princípios elementares da aritmética;
· Sistema de pesos e medidas do município.
O ciclo superior nem encontrava apoio orçamentais das províncias.
Pior que este, era o ensino secundário. Até 1854, o único evento positivo assinalado neste campo, foi à criação do colégio Pedro II, com plano de estudo bastante razoável para a época.
Seu objetivo era o “Bacharelado em Letras” como título que, revestindo alguma autonomia, daria também ingresso nas academias então existentes para estudos jurídicos e médicos.
Já em 1841, o plano do Colégio sofria a primeira alteração, passando as humanidades a ocupar mais de dois terços do seu currículo.
O ciclo de 4 anos, chamados “estudos das primeiras letras”, daria acesso aos seguintes e aos cursos profissionalizantes a serem ministrados no Instituto Comercial, em que se transforma a aula de comércio da Corte e na Academia de Belas Artes, a que se atribuíam objetivos de formação industrial.
O segundo ciclo, denominado “estudos de segunda classe” habilitaria ao bacharelado em letras e ao ingresso no ensino superior, para o qual praticamente não se exigia “preparatórios científicos”, daí a total ausência daquelas duas áreas.
A escola secundária foi aberta ao sexo feminino nos últimos anos do Império, mesmo quando se aflorou do ensino mais intelectual do segundo nível, a preferência voltou-se naturalmente para as escolas normais, que, por fim, adquiriram alguma estabilidade ao menos no campo institucional.

Estrutura e funcionamento do ensino- Sistema escolar

Áre

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SISTEMA ESCOLAR

Sistema escolar pode ser definido como um conjunto de elementos materiais ou não, que dependem reciprocamente uns dos outros, de maneira a formar um todo organizado. Ou seja, a estrutura do sistema é formada de partes interdependentes e harmônicas.
O sistema pode ser aberto ou fechado com relação ao meio-ambiente. O sistema fechado apresenta fronteiras impermeáveis ao ambiente. Já no sistema aberto, existe um movimento de entrada e saída de elementos através de fronteiras. Nesse sistema funciona o input e o output, ou seja, o sistema recebe do ambiente, novos elementos e devolve ao mesmo produtos do sistema.
As contribuições que o sistema escolar pode dar para a sociedade são: melhoria do nível cultural da população, aperfeiçoamento individual, formação de recursos humanos, resultados de pesquisas.

O BRASIL E SEU SISTEMA ESCOLAR

Tende-se a definir sistema escolar como “conjunto de elementos que formam um todo organizado”; Alguns fatores que contribuem para a unificação do sistema escolar brasileiro:
1. O fato das escolas estarem localizadas dentro dos limites do território nacional;
2. Estar a serviço da cultura brasileira e tal maneira que escola e cultura se influenciam reciprocamente;
3. O fato de o ensino ser dado na língua nacional;
4. Todas as escolas estão sujeitas a uma legislação comum;
5. O fato de existirem disposições legais que determinam, ao menos formalmente, a articulação entre os níveis e a equivalência entre as modalidades de ensino;
6. Sistema escolar Brasileiro (SEB) e seu funcionamento.
O sistema escolar, para funcionar em sua plenitude, deve apresentar características básicas de três pontos de vista: do input, do processo e do output.
Do Input: deve haver entrada de recursos financeiros em quantidade suficiente para manter o sistema em plena atividade; recrutamento do pessoal em número e qualidade adequada para os diferentes postos e admissão de alunos de maneira que não houvesse falta, nem excesso de vagas, com atendimento de toda clientela na idade certa.
Do Processo: currículos e programas atualizados em função das necessidades individuais e sociais e pessoais com qualificação-alto índice de desempenho de estudantes com baixa evasão e reprovação.
Output: formação de profissionais de vários níveis; desenvolvimento cultural da população suficiente para que cada indivíduo pudesse se expressar oralmente ou por escrito corretamente, e até participar do nosso patrimônio artístico e suficiente orientação individual do sentido do emprego dos próprios recursos.

ESTRUTURA LEGAL DO SISTEMA ESCOLAR

A rede de escolas é um subsistema que compreende o conjunto de escolas de um sistema escolar. A rede escolar constitui a Estrutura Didática do sistema escolar e apresenta duas dimensões, a vertical e a horizontal.
A dimensão vertical é a que corresponde aos diversos níveis de ensino, assim temos:
a) Educação infantil – crianças menores de sete anos de idade.
b) Ensino fundamental – tem duração de nove anos letivos e é obrigatório dos 6 aos 14 anos de idade.
c) Ensino médio – pode ter a duração de três a quatro anos. – ensino superior que abrange os cursos de graduação e pós-graduação.
A estrutura didática oferece viações de estudo de um mesmo nível ou grau para conciliar o entendimento do educando com o das exigências e sugestões da sociedade, assegurando ao aluno o mais amplo trânsito dentro do sistema.
A estrutura de sustentação é a Estrutura Administrativa do sistema escolar, e se distingue em três elementos principais, os elementos não-materiais, entidades mantenedoras e administração, esta abrange organismos que dirigem o sistema escolar em seus diversos níveis, federal, estadual e municipal.

NÍVEL DE ADMINISTRAÇÃO FEDERAL (MEC E CFE)

MEC – encarrega-se da maior jurisdição sobre a educação entre outros assuntos pertinentes ao ensino.
CFE – cabe ao Conselho Federal de Educação traçar as grandes linhas da política nacional de educação, segundo as diretrizes ficadas na lei.
O objetivo da Estrutura Administrativa é estabelecer o maior entrosamento dos níveis estaduais com o federal. Como a Estrutura Administrativa é o instrumento que faz com que a instituição atinja seus objetivos, é dessa estrutura burocrática que vai depender também o êxito da organização como instituição social.
a Educacional

Ampliação do ensino fundamental- História II

Área Educacional

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Ampliação do Ensino Fundamental para nove anos. Lei nº11.274/2006. É esta lei nº11.274, sancionada em 6 de fevereiro de 2006 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo a duração de nove anos para o Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos seis anos de idade.
O Ensino Fundamental de nove anos é um movimento mundial e, mesmo na América do Sul, são vários os países que o adotam, fato que chega até a colocar jovens brasileiros em uma situação delicada, uma vez que, para continuar seus estudos, é colocada a contingência de compensar a defasagem constatada.
Conforme o PNE (Plano Nacional de Educação), a determinação legal (Lei nº10.172/2001, meta 2 do Ensino Fundamental) de implantar progressivamente o Ensino Fundamental de nove anos, pela inclusão as crianças de seis anos de idade, tem duas intenções: “oferecer maiores oportunidades de aprendizagem no período da escolarização obrigatória e assegurar que, ingressando mais cedo no sistema de ensino, as crianças prossigam nos estudos alcançando maior nível de escolaridade”.
O PNE estabelece, ainda, que a implantação progressiva do Ensino Fundamental de noves anos, com a inclusão com as crianças de seis anos, deve se dar em consonância com a universalização do atendimento na faixa etária de sete a quatorze anos. Ressalta, também, que esta ação requer planejamento e diretrizes norteadoras para o atendimento integral da criança em seu aspecto físico, psicológico, intelectual e social, além de metas para a expansão do atendimento, com garantia de qualidade. Essas qualidades implicam assegurar um processo educativo respeitoso e construído com base nas múltiplas dimensões e na especificidade do tempo da infância, do qual, também, fazem parte as crianças de sete e oito anos.
O objetivo da ampliação para um maior número de anos de ensino obrigatório é assegurar a todas as crianças um tempo mais longas de convívio escolar, tendo maiores oportunidades de aprender e, com isso, proporcionar uma aprendizagem mais ampla. É evidente que a maior aprendizagem não depende do aumento de tempo na escola, mas do emprego mais eficaz do tempo. No entanto, a associação de ambos deve contribuir significativamente para que os educando aprendam mais.
Lembramos, não se trata de transferir para as crianças de seis anos os conteúdos e atividades da tradicional primeira série, mas conceber uma nova estrutura de organização dos conteúdos em um Ensino Fundamental de nove anos, considerando o perfil de seus alunos.
Desde o final de 2005 – quando a lei foi sancionada, as escolas começaram a se movimentar de modo a adaptar-se às mudanças. Porém, tanto para as escolas públicas como para as particulares a nova realidade deve estar totalmente implementada em 2010.
Concluímos que após mais de 500 anos de educação brasileira ainda não conseguimos adaptá-la a uma forma adequada de beneficiar todas as camadas da sociedade. Ela ainda é um dos principais fatores que agravam a desigualdade social. Enquanto, alguns alunos têm o privilégio de estudarem em escolas bem equipadas, com ótimo suporte pedagógico (material, físico e pessoal), muitos ainda dependem das escolas da rede Oficia de Ensino, que infelizmente encontram-se na sua grande maioria sucateadas, com salas numerosas, material pedagógico insuficiente e profissionais descontentes com a situação em que são obrigados a trabalhar.
Encontramos em nossas pré-escolas públicas a extensão dos serviços de assistência social dos municípios, onde a preocupação com o ensino -aprendizagem foi colocada em segundo plano, dando lugar ao paternalismo e ao assistencialismo. Já nas pré-escolas particulares, as crianças além de trabalharem com métodos apostilados e com melhores infra-estruturas começam desde essa fase a terem contato com aulas extras como: informática, inglês, espanhol, francês, judô, balé, artes cênicas, arte musical e etc.

Escola da família- História II

Área Educacional

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Efetivado em 23 de agosto de 2003, o programa Escola da Família é uma iniciativa da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em cooperação técnica com a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, o Instituto Ayrton Senna, o Faça Parte-Instituto Brasil Voluntário, além das instituições privadas de ensino superior. É formado por mais de 10 mil profissionais da educação, 35 mil estudantes universitários e milhares de voluntários para criar uma cultura que preza a paz.
O projeto efetivamente realiza a abertura das 6.000 unidades escolares estaduais aos finais de semana realizando atividades esportivas, culturais, de saúde, oficinas profissionalizantes e cursos em geral, transformando a escola em um centro de convivência e irradiador de fraternidade.
Esse Programa foi iniciado visando um trabalho social desenvolvido por Gilberto Dimenstein na década de 70, hoje diretor pedagógico do Programa Cidade Escola Aprendiz, instalada na Vila Madalena em São Paulo.
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEE) para o programa dispõe de um grande número de parceiros na seguinte estrutura:
Ø 89 Diretorias de Ensino envolvendo, aproximadamente 6.000 escolas estaduais públicas de 645 municípios, com seus diretores, vice-diretores, supervisores e assistentes pedagógicos;
Ø 312 coordenadores de área responsável pela supervisão, acompanhamento e avaliação de um grupo composto por cerca de 20 escolas;
Ø 5.306 educadores profissionais responsáveis pela organização do cronograma de atividade e do funcionamento do programa nos finais de semana.
UNESCO

A Unesco sempre preocupada com a educação aparece nessa parceria com uma grande cooperação técnica. A partir de 1995 ela se preocupa com uma cultura de paz que tenta prevenir e resolver os conflitos de uma forma pacífica, utilizando a tolerância, a solidariedade e o respeito. Nesse sentido as guerras e os conflitos seriam solucionados a partir de um esforço educativo em comum, incentivos a democracia, valorização e respeito aos direitos humanos, a diversidade cultural, justiça, a liberdade, ética, diálogo entre outros. Seu campo de atuação aqui no Brasil está na área da Educação, Ciência, Meio Ambiente, Desenvolvimento Social, Cultura e Comunicação, Informação, se concretizando em projetos de cooperação técnica com o governo.

INSTITUTO AYRTON SENNA

O Instituto Ayrton Senna realiza ações sociais juntamente com órgãos do governo, empresas e organizações da sociedade civil. Dentro do Programa Escola da Família desenvolve o SuperAção Jovem, que tem como objetivo oferecer a jovens e crianças um novo modo de ver, sentir, entender, decidir e agir, achando soluções para os desafios que se apresentam no cotidiano de cada um.

FAÇA PARTE - INSTITUTO BRASIL VOLUNTÁRIO

Esse instituto não visa sem fins lucrativos, sem vínculos políticos, partidários ou religiosos que tenta incentivar e promover ações voluntárias em todas as esferas sociais. Teve seu início em 2001 (ano internacional do Voluntariado) e conquistou seu reconhecimento pela ONU pelo seu grande trabalho de mobilização social. Atualmente dirige sua atenção e esforços ao voluntariado jovem.




ORGANIZAÇÕES PRIVADAS

A participação das Instituições Privadas do Estado de São Paulo é bem expressiva, pois remete a um grande número de importantes parceiros e protagonistas do programa: os cerca de 25.000 educadores universitários, bolsistas, que realizam atividades junto à comunidade, relacionados a sua área de interesse na universidade.
No convênio firmado, além da instituição arcar com o financiamento dos estudos dos universitários que chega até o valor de R$ 267, 00, tem ainda o compromisso de enriquecer a formação universitária do estudante dando suporte para o desenvolvimento de um trabalho de caráter social.

DEMAIS PARCEIROS

Muitos setores da sociedade civil vêm participando do programa ativamente, desse modo ao acreditar nessa iniciativa, colaboram com a sociedade, pois retiram pessoas das ruas, valorizam ações culturais populares, colocam universitários nas universidades além de aumentar a auto-estima das pessoas. Suas colaborações sempre norteiam nos quatro eixos do programa: cultura, saúde, esporte e qualificação para o trabalho.

OBJETIVO DO PROGRAMA

O objetivo do programa é transformar o ambiente escolar nos finais de semana em um espaço de convivência e lazer para a comunidade da rede pública de ensino, integrando pais, filhos e educadores, mantendo dessa forma as escolas abertas nos finais de semana.
A escola vem se transformando em um local mais participativo e democrático, minimizando a vulnerabilidade do jovem, possibilitando a sua formação plena de cidadão e contribuindo, ao mesmo tempo, para mudar a relação escola-comunidade.
O Programa é norteado por diretrizes que se baseiam no conceito da relevância insubstituível da escola como provedora de coesão social e aprendizagem da vida em comunidade. Sua missão é colaborar na redução dos índices de violência no entorno escolar, além de inaugurar uma nova era nas relações da escola com a população de suas cidades, ampliando a bagagem cultural e consolidando valores morais e éticos.
Os portões das escolas são abertos para todas as pessoas, sem qualquer restrição, inclusive de idade. Para realizar as atividades o Programa conta com educadores profissionais, educadores universitários (bolsistas), diretores e vice-diretores de escola, coordenadores de área, bolsistas e voluntários.

Em 1974...História II

Área Educacional

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Em 1974 foi criando o plano de pós-graduação, visando formar pesquisadores e profissionais de alta qualidade. Porém o projeto educacional está ligado ao plano econômico do Estado, que procurou ajustar a mão de obra com a demanda profissional do país, entretanto a produção não segue um padrão manipulável pelo governo e sim pelos interesses do mercado.
O governo militar tenta ajustar, portanto, o sistema educacional aos interesses capitalistas, reproduzindo nesse sistema as relações de produção.
A educação torna-se fonte de lucro, pois investir nela é sinônimo de melhoria da mão de obra que gera benefícios as empresas nacionais e multinacionais. É, portanto, um investimento que promove o desenvolvimento.
Esse benefício é concedido às empresas privadas também, visto que melhora a qualidade da mão de obra como um todo, conseqüentemente as classes media e alta serão, por conseguinte, agraciadas. Percebemos, então, que essas estruturas de classes são reproduzidas, pois a educação apenas prepara os indivíduos para o trabalho, para que ele seja mais produtivo para a empresa na qual trabalha.
Essa “democratização” faz com que a educação deixe de ser vista como um privilégio, pois até mesmo para as bases da pirâmide ocupacional passou-se a exigir o mínimo de qualificação, a educação não poderia mais ser vista como privilégio.



A REFORMA UNIVERSITÁRIA

A reforma universitária tem dois objetivos básicos: solucionar a crise e formar recursos humanos para manter o desenvolvimento.
Para sanar o primeiro problema foi criada a profissionalização do segundo grau, pois colocava os jovens no mercado de trabalho antes mesmo de pretenderem ingressar em uma universidade.
Outra medida era a liberalização de vagas no ensino superior. Em uma pesquisa realizada pelo MEC em 1972, foi constatado que as faculdades particulares atendem 60% das pessoas que cursam o ensino superior. Este fator se deve a expansão de 300% de matriculas para cursar o ensino superior, de 1968 a 1973, apenas 5 anos.
Em 1968 o número de estudantes do curso superior que estudavam na rede publica era maior do que aqueles que estavam matriculados no ensino particular, em 1973 essa estatística mudou, 61% dos alunos do ensino superior estava na rede particular de ensino.
As universidades particulares se expandiram devido à incapacidade do governo de solucionar a crise universitária, que permitiu a esse setor privado que participasse da “solução”.
O setor privado supria os excedentes rejeitados pelo sistema do vestibular da rede oficial, o ensino oferecido é, na maioria das vezes, noturno, cobram taxas elevadas e ministram cursos de baixa produtividade e qualidade.
Esse ensino particular correspondia às aspirações de ascensão das classes subalternas. Há então um paradoxo: essa rede privada vista anteriormente como barreira para o nível superior é agora a única via de acesso, ela é vista como uma democratização do ensino, quando, na verdade, está comercializando-o já que adapta seus preços aos mais pobres. Isso faz com que o “produto” não seja de mesma categoria que aquele consumido pelas classes privilegiadas formando, portanto, profissionais de menor qualidade. Vê-se então que as chances de trabalho, bons salários e boa qualidade de vida são sistematicamente menores.
Há novamente o esquema de reprodução de classes. Aquilo que o estado não conseguiu solucionar a rede particular comercializou, portanto, tanto o ensino privado, quanto o oficial existem um em função do outro, já que a rede particular também precisa dos rejeitados pelos vestibulares do sistema oficial.

MOBRAL E SUPLETIVO

Mobral foi fundado em 1969 e, em 1973 ele se fundiu ao departamento de ensino supletivo, neste período a clientela entre 15 a 35 anos para o ensino supletivo, chegou a 23,4 milhões de pessoas e foram atendidas somente sete milhões de pessoas, das quais 6,3 estavam matriculadas no mobral, em alfabetização.
O ensino supletivo tem como objetivo, treinar as classes subalternas para o trabalho e transmitir-lhes o instrumento de cultura geral.
Porém a busca por cursos de suplência expandiu-se.
O exame de madureza, aplicado pelo Estado, tem em diferentes unidades graus de dificuldades distintos, com isso, candidatos se apresentam em cidades de outros estados, onde a aprovação seria supostamente mais fácil. Os empresários passaram a confundir o ensino supletivo com turismo, fazendo mil promessas, como transportes gratuitos, para atrair clientela.
O problema é que o ensino supletivo não deve ser uma instituição permanente, o estado deveria, em primeiro lugar, melhorar a estrutura de sua própria rede formal. Pois, se a escola brasileira fosse capaz de absorver todas as crianças em idade escolar evitaria evasão e reprovação, e o ensino do supletivo seria, em longo prazo, dispensado.
As escolas formais desligam do primeiro grau jovens com mais de 16 anos que vão, por sua vez, aos supletivos particulares, novo negocio lucrativo para instituições privadas que atendem a uma demanda inesgotável.
Tanto no primeiro como no segundo grau há uma tendência de substituição pelo supletivo, não se nota, portanto, expectativas de melhoria no ensino formal dos dois níveis.
As conseqüências desse fato são obvias, os candidatos ao vestibular oriundo do ensino supletivo, por terem visto a matéria de maneira mais rápida, concisa e superficial ingressam apenas em instituições particulares e raras vezes alcançarão uma situação de melhor emprego devido à escolarização.
Observamos, portanto, que para que a rede formal permanecesse em seus padrões altamente excludentes há necessidade de existência do supletivo, que alegando democratizar o ensino, apenas mantém a alta seletividade.

Á luz dessas verdades...História II

Área Educacional

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À luz dessas verdades e sob a inspiração de novos ideais de educação, é que se gerou, no Brasil, o movimento de reconstrução educacional, com que, reagindo contra o empirismo dominante pretende, um grupo de educadores, nestes últimos doze anos, transferir do terreno administrativo para os planos político-sociais a solução dos problemas escolares. Não foram ataques injustos que abalaram o prestígio das instituições antigas; foram essas instituições criações artificiais ou deformadas pelo egoísmo e pela rotina, a que serviram de abrigo, que tornaram inevitáveis os ataques contra elas.
De fato, porque os nossos métodos de educação haviam de continuar a ser tão prodigiosamente rotineiros, enquanto no México, no Uruguai, na Argentina e no Chile, para só falar na América espanhola, já se operavam transformações profundas no aparelho educacional, reorganizado em novas bases e em ordem a finalidades lucidamente descortinadas? Porque os nossos programas se haviam ainda de fixar nos quadros de segregação social, em que os encerrou a república, há 43 anos, enquanto nossos meios de locomoção e os processos de indústria centuplicaram de eficácia, em pouco mais de um quartel de século? Porque a escola havia de permanecer, entre nós, isolada do ambiente, como uma instituição enquistada no meio social, sem meios de influir sobre ele, quando, por toda à parte, rompendo a barreira das tradições, a ação educativa já desbordava a escola, articulando-se com as outras instituições sociais, para estender o seu raio de influência e de ação?
Embora, a princípio, sem diretrizes definidas, esse movimento francamente renovador inaugurou uma série fecunda de combates de idéias, agitando o ambiente para as primeiras reformas impelidas para urna nova direção. Multiplicaram-se as associações e iniciativas escolares, em que esses debates testemunhavam a curiosidade dos espíritos, pondo em circulação novas idéias e transmitindo aspirações novas com um caloroso entusiasmo. Já se despertava a consciência de que, para dominar a obra educacional, em toda a sua extensão, é preciso possuir, em alto grau, o hábito de se prender, sobre bases sólidas e largas, a um conjunto de idéias abstratas e de princípios gerais, com que possamos armar um ângulo de observação, para vermos mais claro e mais longe e desvendarmos, através da complexidade tremenda dos problemas sociais, horizontes mais vastos.
Os trabalhos científicos no ramo da educação já nos faziam sentir, em toda a sua força reconstrutora, o axioma de que se pode ser tão científico no estudo e na resolução dos problemas educativos, como nos da engenharia e das finanças. Não tardaram a surgir, no Distrito Federal e em três ou quatro Estados as reformas e, com elas, as realizações, com espírito científico, e inspiradas por um ideal que, modelado à imagem da vida, já lhe refletia a complexidade. Contra ou a favor, todo o mundo se agitou. Esse movimento é hoje uma idéia em marcha, apoiando-se sobre duas forças que se completam: a força das idéias e a irradiação dos fatos.

DIRETRIZES QUE SE ESCLARECEM

Mas, com essa campanha, de que tivemos a iniciativa e assumimos a responsabilidade, e com a qual se incutira, por todas as formas, no magistério, o espírito novo, o gosto da crítica e do debate e a consciência da necessidade de um aperfeiçoamento constante, ainda não se podia considerar inteiramente aberto o caminho às grandes reformas educacionais.
É certo que, com a efervescência intelectual que produziu no professorado, se abriu, de uma vez, a escola a esses ares, a cujo oxigênio se forma a nova geração de educadores e se vivificou o espírito nesse fecundo movimento renovador no campo da educação pública, nos últimos anos.
A maioria dos espíritos, tanto da velha como da nova geração ainda se arrastam, porém, sem convicções, através de um labirinto de idéias vagas, fora de seu alcance, e certamente, acima de sua experiência; e, porque manejam palavras, com que já se familiarizaram, imaginam muitos que possuem as idéias claras, o que lhes tira o desejo de adquiri-las.
Era preciso, pois, imprimir uma direção cada vez mais firme a esse movimento já agora nacional, que arrastou consigo os educadores de mais destaque, e levá-lo a seu ponto culminante com uma noção clara e definida de suas aspirações e suas responsabilidades. Aos que tomaram posição na vanguarda da campanha de renovação educacional, cabia o dever de formular, em documento público, as bases e diretrizes do movimento que souberam provocar, definindo, perante o público e o governo, a posição que conquistaram e vêm mantendo desde o início das hostilidades contra a escola tradicional.

Educação... História II

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Educação: do senso comum a consciência filosófica de Dermeval Saviani que tem por objetivo explicitar a forma que se pode contribuir para elevar a prática educativa desenvolvida pelos educadores brasileiros do nível do senso comum ao nível da consciência filosófica. Saviani conceitua o senso-comum como sendo uma análise, Incoerente, Desarticulada, Implícita Degradada Mecânica Passiva e Simplista. Por sua vez considera a análise que objetiva alcançar a consciência filosófica, como sendo Unitária, Coerente, Articulada, Explicita, Original, Intencional, Ativa e, por fim, Cultivada.
Para que se consiga atingir tal formulação é necessário dispor de instrumentos lógico-metodológicos: empírico ® abstrato ® concreto.
O concreto é ponto de partida e ponto de chegada do conhecimento, e é a realidade social.
A passagem do empírico ao concreto corresponde, em termos de concepção de mundo, a passagem do senso comum à consciência filosófica:
REAL ® REFLEXÃO ® REAL

REALIDADE SOCIAL MÉTODO ANÁLISE DA REALIDADE SEGUNDO UM MÉTODO

Somente a educação formal, escolar é capaz de elevar o nível cultural do da massa, ou seja, elevar o nível cultural daqueles que não detêm os conhecimentos legítimos, a norma culta.
De tudo que foi dito conclui-se que a passagem do senso comum à consciência filosófica é condição necessária para situar a educação numa perspectiva revolucionária. Com efeito, é esta a única maneira de converte-la em instrumento que possibilite aos membros das camadas populares a passagem da condição de “classe em si” para condição de “classe para si”. Ora, sem a formação da consciência de classe não existe organização e sem organização não é possível a transformação revolucionária da sociedade (p. 13).
Preocupar-se com a educação significa preocupar-se com a elevação do nível cultural das massas e as elites, em relação à educação, comportam-se como o jesuitismo, cuja preocupação, segundo a crítica gramsciana, era manter as massas ao nível do sincretismo que caracteriza o senso comum.

NOÇÃO DE REFLEXÃO

Reflexão: vem do verbo “reflectere”: “voltar atrás”.
É um repensar, ou seja, um pensamento em segundo grau. Dessa forma, refletir é o ato de retomar, reconsiderar os dados disponíveis, revisar, vasculhar por um significado. Pode-se dizer que isto é um repensar, uma reflexão metódica.

AS EXIGÊNCIAS DA REFLEXÃO

Radical: é preciso que se vá até as raízes da questão, até seus fundamentos.
Rigorosa: para garantir a primeira exigência é preciso que haja um rigor, isto é, métodos determinados.
De conjunto: o problema não poderá ser examinado de modo parcial, deve ser relacionado com todos os aspectos em questão.

Com o seu trabalho... História II

Área Educa

LEITURA RECOMENDADA



Com o seu trabalho, o homem produz transformações intencionais no meio físico e social onde vive. Essas transformações fazem parte do processo cultural e social do indivíduo, no qual, ele assimila representações, disposições, valores e relações úteis para sua convivência na sociedade. É assim que se formam as relações sociais entre os homens é assim que se forma o ser social.
O homem, para melhor se adaptar, foi se educando, ou seja, descobriu que através das extensões poderia atingir com maior facilidade seu objetivo. Por exemplo, o homem utiliza a calculadora e o computador para agilizar seu trabalho e essas máquinas são extensões das funções cerebrais.São extensões que facilitam seu trabalho e que surgiram das necessidades criadas a partir desse mesmo trabalho
Nesse processo potencial humano é ampliado pelas organizações sociais, a educação, portanto, é parte intencional do processo de evolução social humana, pois este permite ao indivíduo o desenvolvimento das capacidades cognitivas, afetivas, neurológicas e psicomotoras consideradas úteis para a vida em sociedade de acordo com a cultura. O autor Carlos Rodrigues Brandão, mostra este fenômeno no exemplo do primeiro capítulo do livro O que é educação, quando se refere à resposta dada pelo chefe indígena ao receber uma carta convidando-o a mandar seus jovens a escola dos brancos. O chefe indígena recusa a oferta, pois os índios que aprenderam, que se educaram, na escola dos brancos, não sabiam caçar, pescar e, conseqüentemente, sobreviver na floresta. Os índios precisavam de guerreiros ágeis e fortes para lutar pela vida na selva (aldeia). Portanto, cada cultura molda sua sociedade para atender suas necessidades.Em outras palavras, cada cultura socializa sua comunidade naquilo que é tido como legítimo, necessário, importante.
Essa intencionalidade na educação significa que o processo está associado a uma finalidade (resultado) compatível com o estado final pretendido, ou seja, consciente ou inconscientemente o indivíduo assimila disposições, ações, preceitos e conceitos que permitem sua adaptação à vida social e a satisfação de suas necessidades. A sociedade é um conglomerado de educação permeado pela cultura.
Essas organizações podem ser formais ou informais. São formais as que possuem regras, formas de conduta estabelecidas; por exemplo: empresas, escolas. São informais as que não seguem regras explícitas de conduta estabelecidas; por exemplo: grupos de amigos, família.
As organizações (formais ou informais) são sistemas, conjunto de partes que interagem entre si para reproduzirem resultados.
Esses sistemas podem ser mecânicos (relógio mecânico, máquina), orgânicos (corpo humano) e sociais (sobrevivência na selva após a queda de um avião) e seus elementos interagem entre si, caso não ocorra essa interação, o sistema entra em colapso.
O sistema produz também a hierarquia e a alienação, pois, quando um grupo se organiza é necessário um líder e outras pessoas para determinadas áreas (setor).
Na educação, a escola é um exemplo de sistema porque procura atingir um resultado (educar), é organizada por regras (conduta), possui uma hierarquia e faz parte de uma sociedade.
Dentro de determinada cultura há um tipo de trabalho que leva à formação de uma sociedade, que é um sistema complexo sujeito a regras.cional

De 1500 a 1822- História da educação II

Área Educacional

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De 1500 a 1822 a educação destinada à mulher compreendia somente os cuidados domésticos e familiares, seja qual fosse sua cor ou sua posição social. O irônico é que a reivindicação para que as mulheres aprendessem a ler partiu dos indígenas que apelaram para o Padre Manoel da Nóbrega que escreveu para a Rainha de Portugal Dona Catarina, a qual já havia recebido relatos do próprio Padre José de Anchieta de que as mulheres indígenas eram as mais assíduas na catequese, os padres consideravam que a instrução a mulher indígena gerasse um respeito mútuo e diminuísse os constantes abusos na colônia predominantemente masculina, porém a Rainha nega o pedido do Padre.
Mas algumas indígenas conseguiram aprender a ler e escrever a primeira parece ter sido Catarina Paraguassu ou Madalena Caramuru.
As mulheres brancas da colônia eram trazidas para serem meramente reprodutoras e não importando classe social ou estado mental. Mesmo sendo tão menosprezadas quando era necessário assumiam com êxito funções masculinas.
Na metade do séc. XVII surgem os conventos no Brasil, onde as mulheres puderam começar a aprender a ler e escrever havia pouca vocação nas moças levadas para os conventos às vezes iam para o convento por medo do pai de ter que dividir sua propriedade com futuros genros ou porque haviam “errado”, com o detalhe que não eram aceitas negras ou mulatas.
Depois da expulsão dos jesuítas em 1759, houve uma proposta para educação feminina que incluía, até mesmo aritmético, mas pouco dessa proposta chegou do Brasil, os conventos continuaram e os escândalos também, inúmeros casos de nobres que se relacionavam com freiras.
Depois da vinda da família real pouco mudou e há registros de que a educação tornou-se ainda mais escassa, era feita por professores que atendiam em casa e em igrejas.
Na década de 30 cria-se a 1ª escola normal do Brasil, a Escola Normal de Niterói, que por seu potencial organizativo e civilizatório, transforma-se numa das maiores instituições para consolidar e expandir a supremacia da classe senhorial que estava no poder. Para a admissão na escola as exigências recaíam muito mais nas condições morais dos indivíduos do que em sua própria formação intelectual.
As escolas normais serviam para formar os novos professores, que eram avaliados pelo diretor que aplicava um ensino não seriado e tinha um currículo bem simplificado. Por volta de 1859 é implantada as “cátedras”, que trazem com elas a caligrafia, a metrologia e a cosmografia, que até então não faziam parte do currículo.
É importante frisar a feminização do magistério começou ocorrer nessa época, já que foi a primeira porta para a independência econômica e social da mulher.
Em 1851 há a extinção oficial da escola normal, caem assim as exigências para os professores primários e sem dúvida a qualidade do ensino, este fato foi sucedido de algumas mudanças e movimentos que buscaram a conquista da identidade profissional do professor.
As crescentes exigências de educação feminina levaram à contratação de educadoras particulares por parte das ricas famílias alemãs. As preceptoras alemãs foram “exportadas” para muitos países, inclusive o Brasil.
A instrução particular das meninas paulistas, assim como em outras províncias do Brasil, começava no lar. Se nas primeiras décadas do Império ainda era pequeno o número de professoras estrangeiras que se encarregava da instrução das filhas das ricas famílias brasileiras, na segunda metade do século XIX, as preceptoras alemãs já faziam partes da realidade das elites brasileiras.
Surgiram no século XX outras alternativas para a mulher européia de trabalho, além de professora, e no Brasil com a criação dos colégios religiosos houve o termino da educação das preceptoras, também conhecidas como Fräulein.

Educação Feminina

Desde seu início, a educação feminina foi concebida a partir da visão romântica, a mulher era educada para ser uma boa esposa e uma boa mãe, “os maridos querem mulheres que falem pouco e trabalhem muito”, educação calcada na religião e na moral. A educação feminina estava bem distante da formação intelectual, a qual era reservada para os homens, a elas bastavam o ensino primário e o desenvolvimento das habilidades manuais domésticas, os cursos secundários e superiores era exclusividade masculina.
Nísia Floresta em suas obras defendeu a luta pela educação feminina intelectual. Essa bandeira foi abraçada por muitos, assim como Nísia, que haviam conseguido romper o preconceito e destacar-se de algum modo na sociedade.
Fundada em 1911, a Escola atingiu, nos anos seguintes, o seu apogeu; em contrapartida, nos anos 40, no âmbito da legislação e do currículo, houve um “declínio social” da instituição tendendo a uma preparação apenas didático-pedagógica.
Realizei essa pesquisa baseada nos estudos de Bourdieu, a legislação vigente, bem como documentos, livros, jornais, revistas da época. Para desvelar a identidade que queria produzir-se nas alunas foram entrevistadas normalistas desse período.
O estudo mostrou que o currículo da Escola Normal privilegiava a cultura geral das mulheres das classes favorecidas em detrimento da formação da professora ou de seu engajamento no magistério. Como se sabe, a Escola transmite conhecimentos e valores que são utilizados também no campo do comportamento. O Curso Normal se esforçava em manter, reforçar nessas mulheres um habitus que valorizasse a discrição, a maternidade, o casamento, o recato, etc, que estava em consonância com o habitus já cultivado pela família e de acordo com os comportamentos, com as identidades consideradas adequadas para as mulheres da época.
Finalmente, a Escola Normal secundarizou o objetivo do Curso: formação de professores e priorizou a produção e reprodução de uma cultura geral dirigida a produzir a identidade da mulher culta, casadoira. Essa Escola apresentava uma ruptura entre o trabalho e o trabalho intelectual, pois com o “álibi” da formação de professores, dissimuladamente, valorizava-se a cultura geral das mulheres da elite.

De 1500 a 1822- História da educação II

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De 1500 a 1822 a educação destinada à mulher compreendia somente os cuidados domésticos e familiares, seja qual fosse sua cor ou sua posição social. O irônico é que a reivindicação para que as mulheres aprendessem a ler partiu dos indígenas que apelaram para o Padre Manoel da Nóbrega que escreveu para a Rainha de Portugal Dona Catarina, a qual já havia recebido relatos do próprio Padre José de Anchieta de que as mulheres indígenas eram as mais assíduas na catequese, os padres consideravam que a instrução a mulher indígena gerasse um respeito mútuo e diminuísse os constantes abusos na colônia predominantemente masculina, porém a Rainha nega o pedido do Padre.
Mas algumas indígenas conseguiram aprender a ler e escrever a primeira parece ter sido Catarina Paraguassu ou Madalena Caramuru.
As mulheres brancas da colônia eram trazidas para serem meramente reprodutoras e não importando classe social ou estado mental. Mesmo sendo tão menosprezadas quando era necessário assumiam com êxito funções masculinas.
Na metade do séc. XVII surgem os conventos no Brasil, onde as mulheres puderam começar a aprender a ler e escrever havia pouca vocação nas moças levadas para os conventos às vezes iam para o convento por medo do pai de ter que dividir sua propriedade com futuros genros ou porque haviam “errado”, com o detalhe que não eram aceitas negras ou mulatas.
Depois da expulsão dos jesuítas em 1759, houve uma proposta para educação feminina que incluía, até mesmo aritmético, mas pouco dessa proposta chegou do Brasil, os conventos continuaram e os escândalos também, inúmeros casos de nobres que se relacionavam com freiras.
Depois da vinda da família real pouco mudou e há registros de que a educação tornou-se ainda mais escassa, era feita por professores que atendiam em casa e em igrejas.
Na década de 30 cria-se a 1ª escola normal do Brasil, a Escola Normal de Niterói, que por seu potencial organizativo e civilizatório, transforma-se numa das maiores instituições para consolidar e expandir a supremacia da classe senhorial que estava no poder. Para a admissão na escola as exigências recaíam muito mais nas condições morais dos indivíduos do que em sua própria formação intelectual.
As escolas normais serviam para formar os novos professores, que eram avaliados pelo diretor que aplicava um ensino não seriado e tinha um currículo bem simplificado. Por volta de 1859 é implantada as “cátedras”, que trazem com elas a caligrafia, a metrologia e a cosmografia, que até então não faziam parte do currículo.
É importante frisar a feminização do magistério começou ocorrer nessa época, já que foi a primeira porta para a independência econômica e social da mulher.
Em 1851 há a extinção oficial da escola normal, caem assim as exigências para os professores primários e sem dúvida a qualidade do ensino, este fato foi sucedido de algumas mudanças e movimentos que buscaram a conquista da identidade profissional do professor.
As crescentes exigências de educação feminina levaram à contratação de educadoras particulares por parte das ricas famílias alemãs. As preceptoras alemãs foram “exportadas” para muitos países, inclusive o Brasil.
A instrução particular das meninas paulistas, assim como em outras províncias do Brasil, começava no lar. Se nas primeiras décadas do Império ainda era pequeno o número de professoras estrangeiras que se encarregava da instrução das filhas das ricas famílias brasileiras, na segunda metade do século XIX, as preceptoras alemãs já faziam partes da realidade das elites brasileiras.
Surgiram no século XX outras alternativas para a mulher européia de trabalho, além de professora, e no Brasil com a criação dos colégios religiosos houve o termino da educação das preceptoras, também conhecidas como Fräulein.

Educação Feminina

Desde seu início, a educação feminina foi concebida a partir da visão romântica, a mulher era educada para ser uma boa esposa e uma boa mãe, “os maridos querem mulheres que falem pouco e trabalhem muito”, educação calcada na religião e na moral. A educação feminina estava bem distante da formação intelectual, a qual era reservada para os homens, a elas bastavam o ensino primário e o desenvolvimento das habilidades manuais domésticas, os cursos secundários e superiores era exclusividade masculina.
Nísia Floresta em suas obras defendeu a luta pela educação feminina intelectual. Essa bandeira foi abraçada por muitos, assim como Nísia, que haviam conseguido romper o preconceito e destacar-se de algum modo na sociedade.
Fundada em 1911, a Escola atingiu, nos anos seguintes, o seu apogeu; em contrapartida, nos anos 40, no âmbito da legislação e do currículo, houve um “declínio social” da instituição tendendo a uma preparação apenas didático-pedagógica.
Realizei essa pesquisa baseada nos estudos de Bourdieu, a legislação vigente, bem como documentos, livros, jornais, revistas da época. Para desvelar a identidade que queria produzir-se nas alunas foram entrevistadas normalistas desse período.
O estudo mostrou que o currículo da Escola Normal privilegiava a cultura geral das mulheres das classes favorecidas em detrimento da formação da professora ou de seu engajamento no magistério. Como se sabe, a Escola transmite conhecimentos e valores que são utilizados também no campo do comportamento. O Curso Normal se esforçava em manter, reforçar nessas mulheres um habitus que valorizasse a discrição, a maternidade, o casamento, o recato, etc, que estava em consonância com o habitus já cultivado pela família e de acordo com os comportamentos, com as identidades consideradas adequadas para as mulheres da época.
Finalmente, a Escola Normal secundarizou o objetivo do Curso: formação de professores e priorizou a produção e reprodução de uma cultura geral dirigida a produzir a identidade da mulher culta, casadoira. Essa Escola apresentava uma ruptura entre o trabalho e o trabalho intelectual, pois com o “álibi” da formação de professores, dissimuladamente, valorizava-se a cultura geral das mulheres da elite.

O homem- História da educação II

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Com o seu trabalho, o homem produz transformações intencionais no meio físico e social onde vive. Essas transformações fazem parte do processo cultural e social do indivíduo, no qual, ele assimila representações, disposições, valores e relações úteis para sua convivência na sociedade. É assim que se formam as relações sociais entre os homens é assim que se forma o ser social.
O homem, para melhor se adaptar, foi se educando, ou seja, descobriu que através das extensões poderia atingir com maior facilidade seu objetivo. Por exemplo, o homem utiliza a calculadora e o computador para agilizar seu trabalho e essas máquinas são extensões das funções cerebrais.São extensões que facilitam seu trabalho e que surgiram das necessidades criadas a partir desse mesmo trabalho
Nesse processo potencial humano é ampliada pelas organizações sociais, a educação, portanto, é parte intencional do processo de evolução social humana, pois este permite ao indivíduo o desenvolvimento das capacidades cognitivas, afetivas, neurológicas e psicomotoras consideradas úteis para a vida em sociedade de acordo com a cultura. O autor Carlos Rodrigues Brandão, mostra este fenômeno no exemplo do primeiro capítulo do livro O que é educação, quando se refere à resposta dada pelo chefe indígena ao receber uma carta convidando-o a mandar seus jovens a escola dos brancos. O chefe indígena recusa a oferta, pois os índios que aprenderam, que se educaram, na escola dos brancos, não sabiam caçar, pescar e, conseqüentemente, sobreviver na floresta. Os índios precisavam de guerreiros ágeis e fortes para lutar pela vida na selva (aldeia). Portanto, cada cultura molda sua sociedade para atender suas necessidades.Em outras palavras, cada cultura socializa sua comunidade naquilo que é tido como legítimo, necessário, importante.
Essa intencionalidade na educação significa que o processo está associado a uma finalidade (resultado) compatível com o estado final pretendido, ou seja, consciente ou inconscientemente o indivíduo assimila disposições, ações, preceitos e conceitos que permitem sua adaptação à vida social e a satisfação de suas necessidades. A sociedade é um conglomerado de educação permeado pela cultura.
Essas organizações podem ser formais ou informais. São formais as que possuem regras, formas de conduta estabelecidas; por exemplo: empresas, escolas. São informais as que não seguem regras explícitas de conduta estabelecidas; por exemplo: grupos de amigos, família.
As organizações (formais ou informais) são sistemas, conjunto de partes que interagem entre si para reproduzirem resultados.
Esses sistemas podem ser mecânicos (relógio mecânico, máquina), orgânicos (corpo humano) e sociais (sobrevivência na selva após a queda de um avião) e seus elementos interagem entre si, caso não ocorra essa interação, o sistema entra em colapso.
O sistema produz também a hierarquia e a alienação, pois, quando um grupo se organiza é necessário um líder e outras pessoas para determinadas áreas (setor).
Na educação, a escola é um exemplo de sistema porque procura atingir um resultado (educar), é organizada por regras (conduta), possui uma hierarquia e faz parte de uma sociedade.
Dentro de determinada cultura há um tipo de trabalho que leva à formação de uma sociedade, que é um sistema complexo sujeito a regras.

Área Educacional- historia II

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Educação: do senso comum a consciência filosófica de Dermeval Saviani que tem por objetivo explicitar a forma que se pode contribuir para elevar a prática educativa desenvolvida pelos educadores brasileiros do nível do senso comum ao nível da consciência filosófica. Saviani conceitua o senso-comum como sendo uma análise, Incoerente, Desarticulada, Implícita Degradada Mecânica Passiva e Simplista. Por sua vez considera a análise que objetiva alcançar a consciência filosófica, como sendo Unitária, Coerente, Articulada, Explicita, Original, Intencional, Ativa e, por fim, Cultivada.
Para que se consiga atingir tal formulação é necessário dispor de instrumentos lógico-metodológicos: empírico ® abstrato ® concreto.
O concreto é ponto de partida e ponto de chegada do conhecimento, e é a realidade social.
A passagem do empírico ao concreto corresponde, em termos de concepção de mundo, a passagem do senso comum à consciência filosófica:
REAL ® REFLEXÃO ® REAL

REALIDADE SOCIAL MÉTODO ANÁLISE DA REALIDADE SEGUNDO UM MÉTODO

Somente a educação formal, escolar é capaz de elevar o nível cultural do da massa, ou seja, elevar o nível cultural daqueles que não detêm os conhecimentos legítimos, a norma culta.
De tudo que foi dito conclui-se que a passagem do senso comum à consciência filosófica é condição necessária para situar a educação numa perspectiva revolucionária. Com efeito, é esta a única maneira de converte-la em instrumento que possibilite aos membros das camadas populares a passagem da condição de “classe em si” para condição de “classe para si”. Ora, sem a formação da consciência de classe não existe organização e sem organização não é possível a transformação revolucionária da sociedade (p. 13).
Preocupar-se com a educação significa preocupar-se com a elevação do nível cultural das massas e as elites, em relação à educação, comportam-se como o jesuitismo, cuja preocupação, segundo a crítica gramsciana, era manter as massas ao nível do sincretismo que caracteriza o senso comum.

NOÇÃO DE REFLEXÃO

Reflexão: vem do verbo “reflectere”: “voltar atrás”.
É um repensar, ou seja, um pensamento em segundo grau. Dessa forma, refletir é o ato de retomar, reconsiderar os dados disponíveis, revisar, vasculhar por um significado. Pode-se dizer que isto é um repensar, uma reflexão metódica.

AS EXIGÊNCIAS DA REFLEXÃO

Radical: é preciso que se vá até as raízes da questão, até seus fundamentos.
Rigorosa: para garantir a primeira exigência é preciso que haja um rigor, isto é, métodos determinados.
De conjunto: o problema não poderá ser examinado de modo parcial, deve ser relacionado com todos os aspectos em questão.


cional

História da educação II

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No decorrer do processo de socialização o homem dá continuidade a vida, isso significa uma contínua readaptação e reestruturação do ambiente as necessidades dos organismos vivos. Ao se renovar à existência física, renova-se também os ideais, esperanças, aventuras, sofrimentos e hábitos. A sociedade e a vida biológica subsistem através da transmissão por meio da comunicação dos mais velhos para os mais novos, dos hábitos, do pensar e do sentir, sem essa comunicação, a vida social não persistiria. Para a continuidade da vida em grupos ou em frações de classes não basta simplesmente crescimento físico, meios de subsistência, mas também de esforço e reflexão, conhecimento da base dos grupos, que é fornecido através da educação. A educação é, portanto, um instrumento de continuidade, ruptura e mudança social da vida.
É através da educação, que os indivíduos chegam a possuir as coisas em comum, que se ajustam à sociedade, ao mesmo tempo em que desenvolve suas potencialidades e a própria sociedade. Toda sociedade desse modo utiliza os meios que julga necessário para perpetuar sua herança cultural e treinar os mais jovens nas maneiras de ser e pensar do grupo. A educação pode ser recebida por duas vias a informal e a formal.




1.1 EDUCAÇÃO INFORMAL

A educação informal, difusa ou assistematica é a que acontece, no correr da vida diária, pelo aprendizado das tarefas normais de cada grupo social, pela observação do comportamento dos mais velhos, pela convivência entre os membros de uma sociedade. É realizada sem qualquer plano, sem local ou hora determinada. Todas as pessoas, todos os grupos, toda sociedade participam dessa forma de educação. Nas comunidades mais isoladas, onde ainda não há escolas, a educação informal é a única forma existente. Nessas sociedades, as crianças e jovens aprendem e se apropriam de habitus e costumes participando ativamente da vida familiar e comunitária, adaptando se pouco a pouco ao estilo de vida do grupo.

1.2 EDUCAÇÃO FORMAL

Em sociedades complexas como a nossa, a educação informal só não basta. A divisão social do trabalho e a extrema especialização exigem das crianças a passagem pela escola, onde recebem educação formal ou metódica.
Esta visa apenas a transmissão de determinados conhecimentos, técnicas ou modos de vida tida como necessárias à prática da vida cotidiana. São códigos e conhecimentos próprios de uma sociedade tidos como culturalmente legítimos.Dentro da cultura, escolhem certos elementos considerados essenciais ou mais necessários para serem transmitidos na escola, por pessoas especializadas - os professores.Segundo Bourdieu as frações privilegiadas culturalmente conseguem impor ao sistema de ensino os códigos legítimos aos demais grupos sociais.
A escola emprega, portanto vários meios e métodos para atingir seus objetivos educacionais. Entre eles se destaca o local apropriado, horário obrigatório de estudo, currículo planejado para cada etapa da educação e métodos e materiais didáticos apropriados a transmissão dos vários conteúdos.
As instituições sociais, como a família, a igreja e os meios de comunicação de massa, exercem grande influência na educação dos indivíduos. É a escola, porém, a instituição especificamente organizada para transmitir as crianças o saber sistematizado, ou seja, a norma culta.A escola é uma a instituição formadora de habitus (sistema de disposição) que tem por função, como já dito democratizar a herança cultural legítima da sociedade.
A Lei de Diretrizes e Bases (9.394, de 20/12/96) estabelece no artigo 1° que a educação abrange todos os processos formativos (família, trabalho, movimentos sociais, organizações da sociedade, manifestações culturais). O artigo 2° estabelece que a educação é um direito de todos e um dever do Estado; deve ser baseada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade; e deve proporcionar uma preparação plena para a cidadania e o trabalho.

1.3 A RESPONSABILIDADE DA FAMÍLIA

Durante muito tempo a família foi a principal quando não a única instituição educativa. As crianças aprendiam as habilidades técnicas necessárias à vida adulta bem como o que significava ser um membro da família e da comunidade onde vivia, respeitando assim os seus direitos e deveres Após a revolução industrial, acelerou se a separação entre a família e a educação profissionalizante, assim como as roupas que as próprias famílias faziam passaram a ser produzidas em larga escala num estabelecimento chamado fábrica, foi preciso criar uma instituição que se responsabilizasse pela educação. Atualmente, em virtude da complexificação do saber, a família deixa de ser a principal educadora dos filhos em vários campos.
No entanto, mesmo com o advento da escola, nenhum cientista social duvida que a família ainda seja importante no desempenho educacional dos jovens. A influência da família pode se dar de várias formas.
As famílias podem oferecer aos seus filhos, para um melhor desempenho escolar, livros, recintos próprios para o estudo, material didático, bem como pagar uma boa escola e professores particulares. Sem contar o capital cultural que ela pode oferecer como as viagens, visitas a museus, a zoológicos, livros paradidáticos, jogos educativos e instrutivos. Percebe-se assim que as famílias mais abastadas culturalmente poderão oferecer mais em detrimento de outras famílias com menos posses, gerando assim diferenças em termos de sucesso escolar.
No que se refere à participação da família na vida escolar, orientação e auxílio nas atividades escolares, a família possui um papel fundamental, no entanto, com a constante renovação dos conteúdos escolares e seus enfoques isso pode ocasionar sérios problemas para aquelas famílias com menos grau de instrução do que aqueles com cursos universitários.
Para uma criança ser bem sucedida na escola ela precisa de constante motivação. O sucesso escolar muitas vezes está relacionado com a motivação que a família consegue despertar nos filhos em relação à instrução. Pesquisas mostram que os pais, sobretudo os das classes menos favorecidas, valorizam a escola e o incentivam, até como uma forma de dar a seus filhos o que não tiveram.
A atuação da família na escola deve ser complementar à ação educativa e jamais deve funcionar como substituta da escola.





Educacional

domingo, 29 de março de 2009

Abordagem sobre a chamada terceira idade- Psicologia do desenvolvimento

Área Educacional

OBJETIVOS


Neste texto faremos uma pequena abordagem sobre a chamada terceira idade, ou seja, os idosos, na qual relataremos sobre o lazer e a ótica da exclusão dos mesmos.


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Usualmente associa-se a terceira idade à dada época em que é permitido gozar a vida. A sua não obrigação com o trabalho, fruto da condição de aposentado, lhe permite o tão sonhado tempo livre, isto é, o tempo de lazer.
Entretanto, a realidade nos mostra que o idoso em nossa sociedade não vem se beneficiando dessa condição. A vivência do lazer, se não lhes é amplamente dificultada, tem sido, no mínimo, marginalizada. E a marginalização é uma das formas de exclusão mais comuns em nosso meio.
A exclusão no lazer passa pelos diversos limites impostos à vivência do lúdico (tempo, espaço, situação financeira, preconceitos, e outros), que acabam levando parcelas da população a abrirem mãos desse direito.
E o que é estar excluído? Silvino Santin nos mostra que:
“Estar excluído significa estar fora, não participar e não ter o direito de participar. É uma eliminação, uma expulsão, um afastamento. Significa estar privado de certas ou de todos os direitos. O excluído é alguém que não pode fazer parte do grupo. É como se não existisse”.
Segundo esse mesmo autor, vivemos hoje na era industrial, onde o referencial básico para se avaliar as condições humanas gira em torno do trabalho. É ele quem dita a ordem na sociedade. Tudo se desenvolve a partir dessa base. É também, a partir dela, que se processa a exclusão.
Aliás, se pensarmos historicamente, o lazer ganhou enfoque a partir das discussões trabalhistas. As lutas sindicais pela humanização das condições de trabalho levaram a reivindicação d um tempo de não-trabalho. Nesse período seriam desenvolvidas atividades livres de quaisquer obrigações. Não foi diferente com a maioria das outras conquistas sociais presentes hoje em nossa sociedade.
Portanto, ao se valorizar o homem pela sua condição de trabalho, como já foi dito, contorna-se aí a primeira forma de exclusão do idoso, que passa a ser descartável, pois não oferece mais retorno financeiro e sim encargos sociais à sociedade. Em vista disso, surgem os inúmeros preconceitos e, até mesmo, a negação da velhice, própria ou alheia.
O baixo poder aquisitivo e a redução do padrão de vida, conseqüência quase inevitável para a maioria dos aposentados; a falta de orientação para esse novo período da vida; as condições de saúde, muitas vezes precárias; a dificuldade de acessibilidade; a provável redução do círculo social; são outros fatores limitantes à prática do lazer.
Entretanto, com os grupos de convivência surge, uma importante forma de reação a esses limites. Os idosos, antes “despercebidos” socialmente, passam a somar bailes, jogos, eventos e as mais variadas atividades de lazer adaptadas e/ou destinadas aos idosos.
Todavia, é necessário avançar, pois, um trabalho dessa natureza corre o risco de “contribuir para a segregação” desse grupo etário, mantendo-o marginalizado perante a sociedade.

O mundo moderno do adolescente enfocando seu relacionamento familiar, seus medos e aspirações- Psicologia do desenvolvimento

Área Ed

OBJETIVOS


Neste texto trataremos do mundo moderno do adolescente enfocando seu relacionado familiar, seus medos e aspirações.

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Agora faremos um relato de um trabalho de intervenção junto às adolescentes sob a coordenação da Professora Drª. Maria Beatriz Loureiro de Oliveira, cujo relatório de pesquisa sintetizamos. Além disso, faremos uma breve síntese das características dos adolescentes, com a base em outros autores, com os quais a autora desta pesquisa faz uma interlocução.
Biasoli-Alves, ao relatar algumas pesquisas sobre a preocupação das mães com o desenvolvimento de seus filhos, mostra que na sociedade contemporânea, urbana e industrializada, há incoerências na prática educativa que as famílias adotam. Uma delas refere-se à forma de socializar sua prole segundo modelos propostos pelo grupo mais amplo. Assim sendo, com a intenção de preparar a criança para o futuro, acaba-se por reduzir sua infância, transformando o lúdico em tarefa e competições de forma que a criança acabe vivendo em função de atividades e de obrigações impostas em que o uso do tempo passa a ser uma determinação do mundo adulto.
Interessante observar que o adolescente é resultado deste tipo de incoerência que se apresenta de forma complexa de vez que, conforme Aberastury (1990), as mudanças corporais que normalmente ocorrem provocam muita ansiedade e fazem com que o jovem fuja do mundo exterior e se refugie no seu mundo interno. Esta relação entre o que se processa no seu mundo interno e a realidade exterior pode determinar a qualidade da crise adolescente. Queremos evidenciar a importância do “tempo adolescente” no sentido em que ele possa estar desenvolvendo mecanismos que propiciem menor conflito entre o mundo interno e a realidade exterior, no que se refere ao tempo necessário para a realização de uma escolha ajustada (Bohoslawsky).
Leva-se em conta o fato de que o próprio termo sujeito faz referência ao subjetivo e também é entendido como sujeitado, ou seja, é resultado de múltiplas relações, da expressão do desejo dos pais, dos professores e da própria sociedade. Como diz Müller (1988) “o sujeito é alguém originariamente indefinido, exposto ou sujeito a influências” (p. 50). Assim, quando inseridos no grupo compartilham desejos, conflitos e repensam seus papéis.
Estas influências promovem a emergência dos conflitos, as transferências são múltiplas e se compartilham não só as fantasias como também as representações.
A adolescência é o período em que o sujeito tem de adotar, como diz Müller (1988), tarefas específicas relativas a desempenhar o seu próprio papel, se autodefinindo e se reconhecendo a partir do que deseja ser e renunciar àquilo que não pode ser ou não quer. É necessário um processo doloroso de elaboração cujos eixos são sua própria identidade, o trabalho e o estudo (Müller, p. 62).
A segunda questão que evidenciamos refere-se ao medo que o adolescente tem de enfrentar o mundo adulto.
Neste caso, os pais são, em geral, os personagens centrais. Percebe-se que idealizam situações profissionais e ocupacionais para seus filhos que não consideram seus desejos, necessidades e outras questões que são característicos de suas personalidades. Quando investigamos sobre estas interferências os aspectos mais evidentes foram os seguintes:
Os adultos julgam que o adolescente não tem competência para escolher o curso superior e acabam por fazer opções que não “combinam” com sua personalidade. Além desta dificuldade preocupam-se com a idéia de que os jovens não têm maturidade para escolher um curso e, conseqüentemente, para sair de perto dos pais.
Conforme Chauí (1997) a liberdade “não se encontra na ilusão do posso tudo, nem no conformismo do nada posso” (p. 363). Está no fato de nos abrirmos para novas direções e dar novos sentidos ao que está dado. É a tomada de consciência dos determinismos que possibilita organizar um projeto de ação para transformar a realidade. Assim, de acordo com Chauí (1997) deixamos de nos submeter à situação dada e passamos a atuar sobre ela, abandonando o papel de sujeito passivo.
Neste sentido objetivamos evidenciar o medo proporcionando pelos valores introjetados a partir das interferências ao ingresso no mundo adulto. Uma terceira questão chamamos de Representações e significados que o jovem traz com relação aos medos.
De acordo com Rosenthal e Knobel (1981), o adolescente entra no que denominam de crise de temporalidade. Segundo os autores o pensamento adolescente oscila entre a noção que a criança tem sobre a limitação de espaço e o conceito limitado de tempo e a noção que o adulto tem do infinito espacial e da temporalidade da existência. Esta confusão e contradições advindas podem trazer sentimentos de impotência absoluta.
A partir deste entendimento, por isso a importância de identificar os medos e seus significados para possibilitar que o jovem possa tomar consciência das reais determinações no sentido de transformar a realidade, organizar seu projeto de vida para superá-los, deixando de ser passivo. Desta forma, ele poderá, pode superar os sentimentos de impotência característica do momento adolescente.
Num primeiro momento as representações e significados dos medos foram traduzidos pelo nosso grupo de estudos como: medo de fazer a opção errada que vem relacionado ao medo de fracassar, traduzido pela busca do sucesso. Os valores relacionados a que denominamos “ideologia do sucesso” imposta pelo mundo adulto, evidencia o pensamento primário relacionado ao imediatismo com que é encarado o desejo de realização. Ao mesmo tempo o adolescente oscila entre o medo de não ser aprovado nas provas do vestibular para ingresso no curso superior e o medo da separação caracterizado pela possibilidade de ter de se distanciar da família, dos amigos e de outros relacionamentos afetivos. Concomitantemente quer corresponder às expectativas das pessoas pelas quais tem afeto e tem medo de decepcioná-las e ser desprezado por elas. Compara-se, constantemente, com outras pessoas que considera bem sucedidas, no caso irmãos, parentes ou conhecidos ou até os que supõe terem maiores condições de obter sucesso em seu projeto, como no caso dos amigos que estão submetidos às mesmas pressões. Supõe que estes têm menos dificuldades intelectuais e/ou financeiras. A partir destas representações vai se constituindo o juízo de realidade na medida em que o adolescente vai elaborando as perdas ou àquilo que se denomina de lutos. Portanto a tendência, segundo Rosenthal e Knobel (1981) é periódica. Associado a estas noções de temporalidade está o medo ao desconhecido representado pela instabilidade do mercado de trabalho. A proposta da intervenção está também vinculada à necessidade do adolescente conviver com a relação passado, presente e futuro. O processo vivenciado pelo jovem no processo de intervenção favorece o processo de elaboração dos lutos. Permite que o adolescente se refugie no seu mundo interno favorecendo o enriquecimento do ego, a partir da discriminação de sua localização temporal.
Aberastury (1983) coloca que “as características deste mundo interno haverão de determinar em sua maior parte a qualidade da crise” (p. 227). Assim como observa a autora que o mundo exterior permitirá ou impedirá que desenvolva o que é típico do pensamento e da ação do adolescente. As modificações internas vão se produzindo e ocorre o processo de construção das estruturas formais do pensamento. Estas estruturas é que permitem o acesso ao mundo adulto.
Quando o sujeito do nosso estudo reformula o seu discurso, entendido aqui como a mudança das expressões dos medos, transformando o conflito interno em novas formas de enfrentamento do mundo adulto, entendemos como uma situação que permite o crescimento, ou seja, construir-se a partir da imagem que faz de seus objetos internos, confrontando-os com os que Aberastury denomina de novo mundo externo.


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Infância e como a globalização influenciou no seu desenvolvimento em relação à identidade infantil - Psicologia do desenvolvimento

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Neste texto trataremos da infância e de como a globalização influenciou no seu desenvolvimento em relação à identidade infantil.


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As condições de existência e de inserção da criança em cada contexto social, político, cultural e econômico delineiam as diferentes concepções de infância e as diferentes maneiras de ser criança.
A partir dos estudos de Ariès (1973), é possível conceber a infância como uma construção social. Essa afirmação constitui um lugar comum na análise sociológica da infância. Sarmento afirma que:
“Se houve sempre crianças, não houve sempre infância. A consideração das crianças como um grupo etário próprio, com características identitárias distintas e com necessidades e direitos genuínos, é muito recente, é mesmo um projeto inacabado da modernidade” (SARMENTO, 2001, p. 13).

A globalização trouxe alguns traços marcantes para a infância, com relação a sua identidade, sendo pela primeira vez na história, possível considerar as interações globais para contribuírem para uma infância mundial, o que não significa que as diferenças e as desigualdades não foram acentuadas. Os processos políticos, econômicos, a criação de um mercado global de produtos para a infância, os processos culturais e sociais, operaram e operam sobre a forma de se conceber a infância e tratar a criança no cotidiano, nas instituições escolares, ao se pensar nas políticas públicas e na formação de professores para atuar junto à criança.
As escolas, hoje, se vêem desafiadas a destituir um modele de infância e implantar ações educativas que dêem voz à criança. Isso implica em analisar e compreender como a criança pensa e concebe o mundo e, particularmente a instituição, como ela representa o seu próprio universo.
Estudos sobre a infância revelam que não é mais possível pensar na criança de uma forma idealizada devido ela estar imersa em uma cultura da qual é partícipe e não simplesmente subordinada. Moss (2002) aponta que os novos conceitos de criança levam necessariamente a mudanças nas instituições escolares e na atuação dos profissionais: crianças e adultos participam juntos de projetos variados, socialmente, culturalmente, politicamente e economicamente significativos; as escolas são parte da vida das crianças e não preparação para a vida; o professor reflete sobre sua prática, e co-construtor do conhecimento, cria ambientes desafiadores; e aprende com as crianças.
O pensamento de Paulo Freire, considerado por ele mesmo como uma teoria do conhecimento, denominava o analfabetismo de "cultura do silêncio", significando que as pessoas analfabetas eram destituídas da palavra. Era preciso “dar-lhes a palavra, ou melhor, ainda, ajudar-Ihes a dizer a sua palavra" (Fiori afirma no Prefacio de Pedagogia do Oprimido) para que 'transitassem' para a participação na construção de um Brasil, que fosse dona de seu próprio destino e que superasse o colonialismo. Para Freire, o analfabetismo era sinônimo de exclusão social, de ausência de participação e de leitura do mundo.
No meio acadêmico, quando se ensina sobre educação, em especial nos Cursos de Pedagogia ou de formação de profissionais da educação, Paulo Freire é visto quase exclusivamente como um educador progressista ou alguém cujo "método" não contempla a escola formal.
Para a educação, o pensamento de Paulo Freire pode ser expresso pelas palavras de Lima (1986), quando ao retomar uma das obras de Freire ­Educação como prática de liberdade, apontou a necessidade de manifestação e expressão das crianças para que sejam capazes de descreverem e analisarem a realidade. Segundo a autora: ·
“Falar não é apenas uma questão cultural e política, mas, em se tratando de criança, uma necessidade do crescimento psicológico” (Lima, 1986, p.24).

Assim, falar é entendido como um direito e uma necessidade da criança. Por certo, o pensamento freireano protesta contra as relações assimétricas entre professores e alunos, sobre a negação da fala, do exercício da liberdade, do direito de ser.

Aspectos de abordagem histórico-cultural de acordo com a teoria de Vygotsky - Psicologia do desenvolvimento

Área Educacional

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Neste texto faremos uma pequena síntese sobre os aspectos da abordagem histórico-cultural de acordo com a teoria de Vygotsky.

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Para se discutir sobre alguns aspectos do desenvolvimento da criança, buscamos os autores da abordagem histórico-cultural, em especial Vygotsky (1982,1983), pois o autor apresentou uma teoria dos processos humanos em que é reconhecida a importância do biológico, porém sem aderir a explicações do desenvolvimento pelas disposições ou restrições de natureza genética e pela maturação.
O pensamento de Vigotsky foi construído por uma concepção de homem que vive em uma sociedade composta de diferentes grupos, que possui uma história individual e singular vinculada a uma história social. O homem é um ser que transforma o mundo e é transformado nas relações produzidas em uma determinada cultura.
Nas proposições centrais da abordagem histórico-cultural estão colocadas três dimensões fundamentais: o social, a cultural e a histórica. Para compreender o humano deve-se levar em conta sua inserção na rede de suas relações sociais. Como membro de uma espécie, no plano biológico, ele apresenta necessidades que precisam ser satisfeitas para garantir a sobrevivência. Contudo, ao se relacionar com a natureza, busca satisfação e desenvolve suas necessidades tanto naturais como sociais.
Uma das bases para Vygotsky (1983) ao elaborar sobre a especificidade humana está nos processos psíquicos superiores, que são formados no desenvolvimento cultural da criança. Esse desenvolvimento depende das constantes interações com o meio social. Para que a criança aprenda e se desenvolva, é preciso que esteja em um ambiente social, em intercâmbio com outras crianças e adultos, participando de práticas sociais historicamente construídas, internalizando experiências vividas que lhe propiciam dominar conceitos, valores e formas de comportamento. Os processos psicológicos mais complexos começam a se formar pela mediação de outros, participantes do grupo social. Para Vygotsky (1983, p. 150):
“Quando dizemos que um processo é "externo" queremos dizer que é "social". Toda função psíquica superior foi externa por ter sido social antes que interna; a função psíquica superior propriamente dita era antes uma relação social entre as pessoas. O meio influencia sobre si mesmo e é inicialmente o meio que influencia sobre os outros, o meio de influência dos outros sobre o individuo”.

O desenvolvimento cultural de uma criança se dá nos planos social e psicológico, ou interpsíquico e intrapsíquico. Desta forma, as funções psíquicas superiores se encontram geneticamente nas relações humanas, que são interiorizadas a partir da vida social e estruturam a personalidade do sujeito.
Essa perspectiva não ignora as forças biológicas que o sujeito traz em sua história, mas ressignificam essas forças, dando ao homem a possibilidade de alcançar avançados níveis de desenvolvimento e reafirmando sua capacidade de viver e sobreviver de acordo com as suas condições sociais e materiais oferecidos pela cultura.
Pela internalização, o sujeito apropria-se de sua cultura ao mesmo tempo em que a cultura também o constitui. Vygotsky (2000, p. 75) refere-se ao processo de interiorização como sendo uma série de transformações:
v Uma operação que inicialmente representa uma atividade externa se reconstrói e começa a suceder internamente;
v Um processo interpessoal se transforma num processo intrapessoal;
v A transformação de um processo interpessoal num processo intrapessoal é o resultado de uma longa série de eventos ocorridos ao longo do desenvolvimento.
Esse processo não implica que o sujeito esteja realizando uma cópia da realidade vivida, mas sim desenvolvendo sua individualidade, transformando seus comportamentos e formando sua consciência. Para tanto, a mediação semiótica ocupa um papel central no desenvolvimento e na construção das funções psíquicas superiores.

Identidade adolescente com relação a sua estrutura familiar- Psicologia do desenvolvimento

Área Educaci

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Pretende-se neste texto tratar da identidade adolescente com relação a sua estrutura familiar.

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Numa cultura que difunde a busca do sucesso, há aqueles que se consideram “perdedores” e que representam os jovens potencialmente excluídos do sistema de ensino superior de qualidade, em que o processo decisório se apresenta de forma mais complexa.
As causas relacionadas ao sentimento de exclusão, não estão vinculadas somente à origem social do sujeito, pois há fatores relacionados à sua vivência escolar, ao processo de construção de sua própria identidade, incluindo neste as figuras com as quais o jovem se identifica ou mesmo aquelas com quem não pretende se identificar, aos valores e ao ideário familiar, à ideologia social e outros.
Considera-se que numa família bem estruturada, com uma dinâmica grupal saudável, o indivíduo tem condição de estabelecer uma relação construtiva com o mundo do trabalho, ao passo que em famílias cuja dinâmica grupal se desenvolve de forma deficitária, deverá haver um comprometimento no potencial ocupacional do sujeito, dada a multiplicidade de fatores envolvidos no processo de tomada de decisão. Além disto, aspectos como a capacidade de adaptação dos sujeitos, de interpretação e juízo de realidade, de discriminação, de hierarquização de objetos e, fundamentalmente a capacidade para esclarecer a ambigüidade e tolerar a ambivalência relativa aos objetos concorrem para que o adolescente supere as dificuldades do denominado momento adolescente.
Knobel (1996) trata a família como uma forma de “totalidade muito específica, no qual cada membro tem firmado um papel, uma determinada função que desempenha, queira ou não queira, consciente ou inconscientemente, e na maioria das vezes desta última forma. Assim cada componente do núcleo vê-se comprometido, envolvido, em algo que transcende os limites de sua própria individualidade e que implica o participar de uma responsabilidade coletiva” (p. 96).
Afirma o psicanalista que a família tem um peso tão grande que precisamos compreender seu significado. Assim sendo a realização plena da individualidade específica dos sujeitos está condicionada a este tipo de compreensão. Diz o estudioso:
“Ter identidade adolescente não é fácil, com crise econômica e social. É muito mais difícil com crise moral e de valores. Nesses momentos a confusão é total”. (Knobel, 1996: 44).
Pudemos observar em nossos estudos que os sentimentos dos pais com relação ao momento relativo à escolha de um curso superior por seus filhos é um misto de apreensão e confiança, medo e esperança. Não só a ansiedade revivida pelos pais, em função de suas próprias decisões de vida, mas uma exacerbação deste sentimento devido à atual situação social do país.
Tendo em vista o entendimento de que o grupo familiar e os valores desse grupo são bases significativas na orientação do adolescente, entendemos, conforme Bohoslavsky (1977), que o grupo de participação e de referência fundamental é a família, quer a família seja um grupo de referência positivo, quer a família seja um grupo negativo de referência.
Portanto, o universo de representações do adolescente não pode estar descontextualizado do seu grupo de referência familiar.
Consideramos, então, que todo indivíduo nasce dentro de uma estrutura social objetiva e vai se inserindo no mundo social objetivo, ele participará ou não dessa estrutura tendo como base o filtro estabelecido pelos outros significativos.
As oportunidades de inclusão ou não do sujeito estão vinculadas ao contexto e ocorrem de várias formas, pois a energia grupal da família pode ser um dos fatores mais importantes para a construção da segurança e autonomia do indivíduo para fazer escolhas, sem descontextualizá-las.



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Desenvolvimento psicossexual- Psicologia do desenvolvimento

Área Educaci

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Neste texto trataremos do desenvolvimento psicossexual, segundo a teoria de Sigmund Freud, distinguindo as cinco fases do desenvolvimento.

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Em 1905, em seu livro Três ensaios sobre a sexualidade, Freud descreveu a seqüência típica das manifestações do impulso sexual, distinguindo cinco fases: oral, anal, fálica, de latência e a fase adulta, chamada genital. A transição de uma fase a outra é muito gradual; as fases se superpõem e sua duração varia de um indivíduo para outro.
Fase Oral (de 0 a 18 meses) - Durante o primeiro ano e meio de vida, aproximadamente, os lábios, a boca e a língua são os principais órgãos de prazer e satisfação da criança: seus desejos e satisfações são orais. Essa afirmação baseia-se na análise clínica de crianças de mais idade e de adultos; é possível também observar no dia-a-dia a importância, para crianças dessa idade e mesmo mais velhas, de atos como sugar, por coisas na boca e morder, como fontes de prazer. Se as necessidades forem satisfeitas, a pessoa crescerá de maneira psicologicamente saudável; se não o forem, seu ego será imperfeito, como por exemplo, se as necessidades orais forem frustradas durante esse período, por desmame prematuro, por afastamento rigoroso de todos os objetos para sugar (incluindo o polegar), o ego poderá ser incapaz de superar os desejos orais frustrados. Alguns psicanalistas atribuem o alcoolismo, por exemplo, a frustrações na fase oral.
Fase Anal (de 18 meses a 3 anos) - No ano e meio seguinte, época em que a criança está sendo ensinada a controlar as fezes e a urina, sua atenção se focaliza no funcionamento anal. Por isso, a região anal toma-se o centro de experiências frustradoras e compensadoras. Os pais aprovam e recompensam a criança por uma defecação no local e no momento adequados, e procuram desestimular a mesma atividade em circunstâncias inadequadas. Sensações de prazer e desprazer associam-se tanto com a expulsão como com a retenção das fezes, e esses processos fisiológicos, bem como as fezes em si, são objeto do mais intenso interesse da criança. Esta e a chamada fase anal. Se, durante este segundo estágio, sobrevierem muitas frustrações, devidas a um treino excessivamente severo de controle dos esfíncteres, o ego poderá ser prejudicado em seu desenvolvimento. Psicanalistas atribuem a avareza, a exagerada preocupação com a limpeza e a meticulosidade (no adulto) a frustrações ocorridas na fase anal. Esses traços constituem a chamada personalidade anal. A avareza ou sovinice, isto e, o prazer no acumulo e guarda de bens, poderia ter-se originado do prazer que a criança experimentou em reter as fezes. A exagerada preocupação com a limpeza e a ordem (tanto no plano material quanta no mental) tem sido relacionada com exigências excessivas de limpeza que os pais fazem às crianças nessa idade.
Fase Fálica (de 3 a 7 anos) - Por volta do final do terceiro ano de vida, o papel sexual principal começa a ser assumido pelos órgãos genitais e, em regra, é por eles mantido até a vida adulta. Essa fase do desenvolvimento sexual recebeu o nome de tática (falo = pênis), pois o pênis é o principal objeto de interesse para a criança de ambos os sexos. Nesta fase, merecem menção algumas manifestações do impulso. Uma delas é o interesse pelas diferenças anatômicas entre os sexos. A criança deseja ver os genitais das outras, bem como mostrar os seus. Sua curiosidade e exibicionismo, naturalmente, incluem outras partes do corpo, bem como outras funções orgânicas. É ainda nessa fase que aparecem os complexos de Édipo e de castração.Os psicanalistas chamam de Complexo de Édipo a atração da criança pelo progenitor do sexo oposto, que ocorre aproximadamente dos 3 aos 5 anos. (o jovem príncipe Édipo, personagem-título da tragédia grega Édipo rei, de Sófocles, assassina o pai e casa-se com a mãe). Nesse período configura-se o fenômeno da identificação com o progenitor do mesmo sexo. Os psicanalistas explicam os fatos do período fálico da seguinte maneira: a criança ama o progenitor do sexo oposto; percebendo, porém, que este tem uma afeição especial pelo progenitor do mesmo sexo que ela, procura assemelhar-se a este último, identificar-se com ele, para também merecer o amor do progenitor do sexo oposto. Uma menina, portanto, gosta muito de seu pai e percebe que este tem especial afeição para com sua mãe. Então, para merecer o amor do pai, procura identificar-se com a mãe, imitando-a (usando sapato de salto alto, batom, ocupando-se das tarefas maternas etc). Esta menina, vivendo num lar harmonioso, tornar-se-á bem feminina. Transpondo, porém, a mesma situação para um lar em que o marido deprecie a esposa, a filha deste casal - que ama o pai e quer sua afeição - não procurará identificar-se com a mãe, a quem não julga bom modelo. Para evitar parecer-se com ela, poderá tornar-se uma personalidade com características masculinas. A mesma situação repetir-se-á, analogamente, com o menino: num lar normal, harmonioso, o menino procurará imitar o pai, para merecer a afeição da mãe, a quem muito ama. Tornar-se-á bem masculino. Todavia, num lar em que haja desavenças, em que a esposa deprecie e ridicularize o marido, o menino, desejando o amor da mãe, não procurará imitar o pai. Ao evitar o modelo masculino, poderá tornar-se uma personalidade com características femininas.
Fase de Latência (de 7 a 12 anos) - Após as fases: oral, anal e fálica, segue-se a de latência, aproximadamente entre 7 e 12 anos. Esse período corresponde aos anos da escola de primeiro grau, quando a criança estará voltada para a aquisição de habilidades, valores e papéis culturalmente aceitos. Em relação à fálica - com tantas dificuldades e tensões - esta fase parece ser bem mais calma. Ela e chamada de latência porque os impulsos são impedidos de se manifestar. Nesta fase aparecem na criança barreiras mentais, impedindo as manifestações da libido. Barreiras essas que Freud identificou como repugnância, vergonha e moralidade. O impulso sexual dirige-se para finalidades culturais: domínio da leitura, da escrita e de muitas outras habilidades. Esta é uma época de nítida separação entre meninos e meninas e de rivalidade entre os dois grupos. Depois da puberdade (que ocorre aproximadamente dos 12 aos 14 anos para as meninas e dos 14 aos 16 para os meninos), começa a fase adulta, que é conhecida como genital.
Fase genital (idade adulta) - Segundo Freud, nesta fase, a libido, através da atividade sexual normal, é descarregada em um ser humano do sexo oposto. É a fase dos interesses heterossexuais.
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Área Educacional- teoria piagetiana- Psicologia do desenvolvimento



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Neste estudo iremos ver o desenvolvimento humano nos aspectos físicos, afetivos e intelectuais de acordo com a teoria piagetiana.


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Piaget divide os períodos do desenvolvimento humano de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento. Cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer. Todos os indivíduos passam por todas as fases, na mesma seqüência, mas, no entanto o início e o término de cada período dependem das características biológicas do indivíduo e de fatores educacionais e sociais que o mesmo está inserido.

PERÍODO SENSÓRIO-MOTOR (0 A 2 ANOS):

Neste período, a criança conquista através da percepção e dos movimentos todo o universo que a cerca. No recém-nascido, a vida mental reduz-se ao exercício dos aparelhos reflexos, de fundo hereditário, como a sucção, na qual estes reflexos melhoram com o treino. Aos 5 meses, a criança consegue coordenar os movimentos das mãos, dos olhos e pegar os objetos, aumentando sua capacidade de adquirir hábitos novos. Sendo que no final do período, a criança é capaz de usar um instrumento como meio para atingir um objeto, utilizando para isso a inteligência prática, que envolve as percepções e os movimentos.
O desenvolvimento físico acelerado é suporte para o aparecimento de novas habilidades. O desenvolvimento ósseo, muscular e neurológico permite a emergência de novos comportamentos, como, por exemplo, senta-se, andar o que propiciará um domínio maior do ambiente.
Ao longo deste período, irá ocorrer na criança, uma diferenciação progressiva entre o seu eu e o mundo exterior. Se, no início, o mundo era uma continuação do próprio corpo, os progressos da inteligência levam-na a situar-se como um elemento entre outros no mundo. Esta diferenciação também ocorre no plano afetivo, pois o bebê passa das emoções primárias para uma escolha afetiva dos objetos, demonstrando preferência por pessoas e objetos.
No decorrer deste período, a criança evolui de uma atitude passiva em relação ao ambiente e às pessoas para uma atitude ativa e participativa. Sua integração com o ambiente dá-se através da imitação de regras. Embora compreenda algumas palavras, até o final do período a criança só é capaz de fala imitativa.

PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO (2 A 7 ANOS):

Neste período, o mais importante é o aparecimento da linguagem, que acarretará nas mudanças intelectuais, afetivas e sociais na vida da criança. Em decorrência da linguagem, o desenvolvimento do pensamento acelera. No início deste período, ele exclui toda a objetividade, a criança transforma o real em função de seus desejos e fantasias, o que Piaget chama de jogo simbólico.
Ao final do período, aparece um pensamento mais adaptado ao outro e ao real. A criança ainda esta centrada em si mesma, (pensamento egocêntrico), ocorre uma primazia do próprio ponto de vista, o que torna impossível o trabalho em grupo. No aspecto afetivo surgem sentimentos interindividuais. A maturidade neurofisiológica completa-se, permitindo o desenvolvimento de novas habilidades, como, por exemplo, a coordenação motora fina.

PERÍODO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS (7 A 12 ANOS):

O desenvolvimento mental caracterizado no período anterior pelo egocentrismo intelectual e social é superado, neste período, pelo início da construção lógica, isto é, a capacidade da criança estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes.
No plano afetivo, significa que a criança passará a ser capaz de cooperar, de trabalhar em grupo e de ter autonomia pessoal. No plano intelectual, a nova capacidade que surge neste período é a operação, isto é, a capacidade de realizar uma ação física dirigida a um objeto e revertê-la para o início. A criança só consegue exercitar suas habilidades a partir de objetos reais, concretos. Desta forma, a capacidade de considerar diferentes pontos de vista simultaneamente se estabelece a partir de situações presentes ou passadas vivenciadas pela criança.
No aspecto afetivo, ocorre o aparecimento da vontade como qualidade que atua quando há conflito de tendências ou intenções. O grupo de amigos satisfaz, progressivamente, as necessidades de segurança e afeto. Neste sentido, o sentimento de pertencer ao grupo torna-se cada vez mais forte.

PERÍODO DAS OPERAÇÕES FORMAIS (12 ANOS EM DIANTE):
Nesse período ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento forma, abstrato, isto é as operações passam a poder se realizar no plano da idéias, sem necessidades de manipulação de referências concretas. O adolescente domina progressivamente a capacidade de abstrais, generalizar e criar teorias, já consegue tirar conclusões de puras hipóteses.
No aspecto afetivo, o adolescente vive conflitos entre sua dependência do adulto e seu desejo de liberdade. Deseja ser aceito pelos amigos e pelos adultos, sendo isto, uma necessidade muito grande para a formação da identidade adulta do adolescente. O grupo de amigos é um importante referencial, determinando seu vocabulário, suas roupas e outros aspectos de seu comportamento.Área Educacional