quinta-feira, 16 de abril de 2009

Psicologia do desenvolvimento- exemplos de ego...

EXEMPLOS DE EGOCENTRISMO INTELECTUAL NESTA FASE

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Autismo- Aspectos medicos

Área Educacional

OBJETIVOS


Conhecer o autismo nas suas diversas manifestações clínicas.
Autismo não é uma doença única, mas um distúrbio de desenvolvimento
complexo que é definido do ponto de vista comportamental, com etiologias múltiplas e
graus variados de severidade. Um fator muito importante é a habilidade cognitiva.
As manifestações comportamentais que definem o autismo incluem
déficits qualitativos na interação social, e na comunicação, padrões de comportamento
repetitivos e estereotipados. E um repertório restrito de interesses e atividades. A
grande variabilidade no grau de habilidades sociais, de comunicação e de padrões de
comportamento que ocorrem em autistas tornou mais apropriado o uso do termo
transtornos do espectro autista (TEA).

LEITURA RECOMENDADA


Não é tarefa simples o reconhecimento do quadro considerando que
pode ser confundido em muitas crianças que possuem distúrbios do comportamento.
Recomendamos a leitura do assunto no material de apoio referente a esse assunto.
Também poderá ser pesquisado no livro Neurologia Infantil dos autores: Aron Diament
e Saul Sypel. Autismo cap. 97 pag. 1673-1685. São Paulo: Atheneu, 4ª. edição, 2005.
Sugestões de sites para leitura complementar do assunto:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?44
http://www.biodanzasp.com.br/autistas.htm
http://www.biodanzasp.com.br/especiais.htm
http://www.psiqweb.med.br/infantil/autismo.html
O manejo de autismo requer uma intervenção multidisciplinar. As bases
do tratamento envolvem técnicas de mudança de comportamento, programas
educacionais ou de trabalho e terapias de linguagem/comunicação. É essencial
trabalhar com psicólogos ou educadores bem treinados em análise comportamental
funcional e em técnicas de mudanças de comportamento, pois este interfere na
integração de crianças autistas dentro da família e da escola e de adolescentes e
adultos na comunidade.
Por todas essas implicações, é de fundamental importância que ao se
defrontar com crianças com distúrbios do comportamento, estas não recebam nenhum
“diagnóstico precoce”. A abordagem com os familiares deverá ser extremamente
cuidadosa, a avaliação deverá ser multidisciplinar, pois o prognóstico dependerá de
cada caso específico.

Terapia ocupacional- Aspectos medicos

Área Educa

OBJETIVO


Proporcionar noções em terapia ocupacional para as crianças com
problemas neurológicos com enfoque na fase escolar.

LEITURA RECOMENDADA


A terapia ocupacional (TO) visa maximizar o potencial do
desenvolvimento da criança por meio de atividades intencionais e funcionais. Deste
modo, previne e ou evita a incapacidade e cuida da saúde mental (Hagedorn).
A motivação e estimulação sensorial adequadas podem fazer com que a
criança que apresenta dificuldades se torne independente, chegando a ser hábil;
porém freqüentemente ela utiliza posturas e movimentos atípicos que podem levar a
contraturas e a sérias deformidades.
Técnicas específicas em reabilitação: física - treinamento das atividades
de vida diária (AVDs); psiquiátricas - avaliação das habilidades sociais e de
autocuidados; treinamento das habilidades sociais; modificação comportamental;
preparação para a vida comunitária, humanista - aprendizado centrado no estudante,
aprendizado vivencial.

OBJETIVOS EM TO


O objetivo principal da TO é proporcionar à criança a maior
independência possível pelo desenvolvimento de suas potencialidades, fazendo com
que ela se desenvolva e se organize, preparando-a para a vida adulta.
São objetivos gerais da TO:
􀁺 Facilitação de padrões normais de movimentação;
􀁺 Manutenção do tono muscular regulado durante atividades funcionais;
􀁺 Coordenação motora manual e visuo-motoras;
􀁺 Estímulos sensoriais graduados;
􀁺 Estímulos perceptivos graduados;
􀁺 Acuidade motora fina;
􀁺 Adequação da força muscular manual e digital;
􀁺 Orientação do brincar;
􀁺 Orientação aos pais;
􀁺 Orientação domiciliar;
􀁺 Orientação escolar;
􀁺 Cuidar da saúde mental;
􀁺 Brincar, brincar, brincar!
TERAPIA OCUPACIONAL NA ORIENTAÇÃO ESCOLAR
Várias escolas gostariam de receber ou manter uma criança portadora
de alguma deficiência, mas não o fazem freqüentemente por falta de orientação de
como lidar com ela.
A orientação principal, respeitando o currículo escolar e o método
utilizado pela escola, refere-se às posturas adequadas e às adaptações necessárias
para serem usadas na sala de aula e contra-indicações em geral, para facilitar a
inclusão da criança na escola.
Na maioria dos casos de crianças com problemas neurológicos leves ou
moderados que freqüentam escolas comuns, tudo vai bem até chegar à alfabetização,
ou o manejo do lápis, da tesoura e de atividades motoras mais finas.
Após a avaliação da criança e do material escolar, é elaborado um
programa com conteúdo paralelo àquele desenvolvido na escola.
Orienta-se respeitando o método de ensino da escola de forma que a
criança poderá ter uma evolução menos lenta e uma produção melhor nas tarefas
escolares.
A orientação tem por base posturas dinâmicas da criança, que auxiliam
na manutenção do tono mais regulado, facilitando padrões normais de
desenvolvimento motor e maior precisão motora fina. Crianças com problemas visuais
de percepção aliados às disfunções motoras recebem atenção especial em relação à
adaptação do caderno (com pautas maiores e mais salientes) ou o uso de caderno
eletrônico e/ou lap-top, computador, quando se fizer necessário.
São orientadas modificações ou adaptações na altura da mesa, e/ou
cadeiras usadas pela criança para que ela possa sentar mais aprumada, com apoio
dos pés no chão resultando em um desempenho motor fino mais adequado. Colocar a
criança sentada de frente para o professor auxilia na concentração da atenção. Os
ajustes são sugerido tentando-se aproveitar o material existente na escola e
procurando diferenciar a criança dos outros o mínimo possível, e facilitando sua
interação com o grupo.
CONCLUSÃO
O planejamento do tratamento em TO deve ser feito em conjunto com
equipe multidisciplinar, incluindo fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos,
professores e outros profissionais que lidam com a criança além de equipe médica,
para propiciar maior independência funcional e desenvolver ao máximo as
potencialidades da criança dentro do seu ambiente.

REFERÊNCIA


DIAMENT, Aron; CYPEL, Saul. Terapia ocupacional aplicada em
crianças com problemas neurológicos. Neurologia infantil. 4. ed. Cap. 101.2 pag
1753-1761. São Paulo. Atheneu 2005.
Sugestão de site: http://www.sarah.br
cional

Deficit- Aspectos medicos

Área Educacional

OBJETIVOS


Entender a situação da hiperatividade com déficit da atenção na sala de
aula. Como administrá-la?
Nos casos em que haja suspeita, encaminhar para o correto diagnóstico.
Evitar situações de “diagnóstico precoce”, pois crianças com distúrbio de
comportamento poderão apresentar características semelhantes.

LEITURA RECOMENDADA


Após a leitura do Capítulo 13 - A criança com déficit da atenção e
hiperatividade ou a leitura do Capítulo 99 de Neurologia Infantil dos autores: Aron
Diament e Saul Cypel (4ª. Edição -2005).
Refletir sobre este transtorno: as crianças agora estão sendo mais
diagnosticadas?
Seria compatível a permanência da criança em sala de aula mesmo
havendo prejuízo para as demais?
E a terapia medicamentosa? Estará operando milagres? É certo que se
o diagnóstico foi correto a chance de sucesso vale a pena.

PBO- Aspectos medicos

Área Educacional

OBJETIVOS


Fornecer informações de uma patologia que afeta crianças e que pode,
em função da limitação motora, trazer alguma interferência na vida escolar.

LEITURA RECOMENDADA


Paralisia braquial obstétrica (PBO) é uma paralisia do membro superior
que pode ocorrer com a criança no momento do parto.
Ela é devida à lesão do plexo braquial (nervos responsáveis pelo
movimento e sensibilidade das mãos, dos braços e dos dedos) e é, geralmente,
atribuída á tração da cabeça e do pescoço durante a liberação dos ombros na
apresentação cefálica ou á tração sobre os braços estendidos acima da cabeça na
apresentação pélvica.
Um ou dois em cada mil recém-nascidos têm esta condição.
ANATOMIA DO PLEXO BRAQUIAL
O plexo braquial é formado pela união das raízes ventrais de C5 a T1
(segmentos medulares). Os ramos de C5 e C6 formam o tronco superior, os ramos de
C8 e T1 formam o tronco inferior e o ramo de C7 o tronco médio.
As divisões anteriores dos troncos superior e médio dão origem ao
fascículo lateral.
O fascículo medial é formado pela divisão anterior do tronco inferior e a
divisão posterior dos três troncos forma o fascículo posterior. Dos fascículos emergem
os nervos que inervam os músculos do membro superior.
Aspectos Médicos do Portador de Necessidades Especiais
PNES 2
RAMOS PRINCIPAIS
CLASSIFICAÇÃO

A PBO é classificada em paralisia alta (Erb-Duchenne), baixa (Klumpke)
e completa (Tabela 1). Erb-Duchenne é a forma mais comum (80% a 90% dos casos)
e tem melhor prognóstico. A forma Klumpke é rara (5% ou me’nos), tem pior
prognóstico e tem sido relacionada com uma forma completa que evoluiu com
recuperação rápida da porção alta do plexo braquial, anomalias congênitas (costela,
tendão ou vaso sangüíneo) comprimindo o plexo ou lesão medular.

Tipo Raízes Manifestações
TIPO
RAÍZES
MANIFESTAÇÕES
Erb-Duchenne
(paralisia alta)
C5 a C7

Braço acometido sem movimento, ao lado do
corpo, com o ombro rodado internamente,
cotovelo estendido e punho ligeiramente fletido.
Perda da abdução e da rotação externa do
braço. Incapacidade para a flexão do cotovelo
e supinação do antebraço. Ausência do reflexo
bicipital e de Moro no lado acometido.
Preservação da força do antebraço e da
capacidade de preensão da mão.
Possibilidade de deficiência sensorial na face
externa do braço, antebraço, polegar e
indicador

Klumpke
(paralisia baixa)
C8 e T1
Flexão do cotovelo e supinação do antebraço.
Acometimento dos músculos da mão com
ausência do reflexo de preensão palmar.
Reflexo bicipital e radial presentes. Síndrome
de Horner (ptose palpebral, enoftalmia, miose e
anidrose facial) quando há envolvimento das
fibras simpáticas cervicais e dos primeiros
nervos espinhais torácicos

Completa
C5 a T1
Membro superior acometido flácido com todos
os reflexos ausentes


Paralisia Braquial Obstétrica
KLUMPKE
Raiz de T1 (1 gânglio torácico) - fibras simpáticas da medula
são elevadas à face.
Síndrome de Claude-Bernard- Homer
􀁺 miose;
􀁺 enoftalmia;
􀁺 ptose palpebral;
􀁺 hiperemia, hipertermia e anidrose
facial do lado lesado.
PROGNÓSTICO
Pode ocorrer desde um discreto edema de uma das raízes até avulsão
completa de todo o plexo (arrancamento). Não havendo ruptura grave de raízes,
espera-se melhora importante dentro dos três primeiros meses e recuperação entre o
6o. e 12o. mês (75% a 80% dos casos). Contração do bíceps (músculo que faz a flexão
do cotovelo) antes de seis meses é sinal de bom prognóstico.
Em algumas crianças, não se observa qualquer sinal de melhora nos
primeiros seis meses. Essas crianças evoluem com paralisia persistente, atrofia
muscular e contraturas articulares com considerável prejuízo da função que pode
resultar em vários níveis de dificuldade com incapacidade para a realização de
determinadas atividades.
Indica-se tratamento fisioterápico desde os primeiros dias de vida.

INDICAÇÃO

Sugere-se pesquisa também de paralisia cerebral
Site particularmente recomendado, por ser abrangente, sério e
explicativo: http://www.sarah.br

Aspectos médicos

Área Educacional

OBJETIVOS


Procurar fixar o conhecimento das estruturas anatômicas da medula
espinhal e do tronco encefálico. Os nervos cranianos foram citados na medida em que
emergem das estruturas que compõem o tronco encefálico, ou seja: o bulbo, a ponte e
mesencéfalo. Serão indispensáveis estas noções em neuroanatomia no decorrer dos
demais chats e fóruns deste curso.

LEITURA RECOMENDADA


Procurar ler atentamente o material de apoio número 1 - Neuroanatomia
da medula espinhal e o número 2 - Neuroanatomia do tronco encefálico. Será
indispensável a consulta das estruturas anatômicas disponibilizadas nas
apresentações em Powerpoint. Poderá também ser consultado o livro Neuroanatomia
Funcional de; Ângelo B. M. Machado, capítulos 3 e 4. Quais nervos cranianos no
tronco encefálico estão relacionados com os olhos e conseqüentemente com a visão?
Qual nervo está relacionado com a audição e equilíbrio?

Disturbios da aprendizagem- Aspectos médicos

Área Educacional

OBJETIVOS


No capítulo 12, “Distúrbios da aprendizagem”, foram abordadas
entidades neurológicas, psicológicas, psiquiátricas, que interferem no processo de
aprendizagem.
Dentro das causas neurológicas, abordaremos aqui a epilepsia, sendo
assunto importante para o contexto do capítulo.

LEITURA RECOMENDADA


O que é epilepsia e crise epiléptica?
Jackson propôs, no final do século XIX, a definição moderna de
epilepsia: “descarga anormal excessiva do tecido nervoso”. Posteriormente, esse
autor acrescentou: “esta descarga ocorre em vários graus; ocorre em todos os tipos de
condições patológicas, em todas as idades, e sob forma de inúmeras circunstâncias”.
Não há uma definição completamente satisfatória de epilepsia. Epilepsia
não é naturalmente uma doença específica, ou mesmo uma única síndrome. Sob esta
denominação, compreende-se ampla categoria de sintomas complexos decorrentes
de funções cerebrais alteradas que podem ser secundárias a um grande número de
processos patológicos. Crises epilépticas são eventos clínicos que refletem disfunção
temporária de um conjunto de neurônios de parte do encéfalo (crises focais) ou de
área mais extensa envolvendo os dois hemisférios cerebrais (crises generalizadas).
A crise epiléptica é causada por descarga elétrica anormal excessiva e
transitória de células nervosas, decorrentes de correntes elétricas que podem ser
detectadas em registros de eletroencefalograma.
Quais as formas clínicas mais observadas em crianças?
Felizmente as formas mais comuns são benignas. Aquelas que no curso
clínico tendem a remissão completa sem riscos de deterioração neuropsicomotora.
Os principais critérios de benignidade são: inteligência e exame
neurológico normais; baixa freqüência de crises; apenas um tipo de crise em cada
criança e boa resposta terapêutica.
Epilepsia Ausência Infantil
É uma síndrome epiléptica generalizada com idade de início entre os três
e 12 anos e pico ao redor de 6 anos. A crise é caracterizada por perda total da
consciência com duração de cinco a 20 segundos. Durante a crise, a criança está
totalmente desconectada do meio, não responde a estímulo e, ao término da crise,
continua a realizar a tarefa anterior. Podem ser muito freqüentes (até 200 crises/dia).
(vide apresentação de crise e do traçado do EEG no PowerPoint) .
As epilepsias benignas com paroxismos centro-temporais (rolândica) e
epilepsia benigna com paroxismos occipitais são menos freqüentes.
Aspectos cognitivos podem ser comprometidos pela condição, pelas
crises ou pela medicação?
Pacientes com epilepsia apresentam dificuldades cognitivas e
problemas comportamentais dos quais o déficit de memória, ansiedade e depressão
são os que predominam. Essas alterações podem ser resultado da combinação de
vários fatores, como a doença de base causadora da epilepsia, descargas neuronais
(ictais e interictais), drogas anti-epilépticas ou de aspecto psíquico (distúrbio do
humor) e psicossociais (estigma, preconceito).
Acredita-se que as drogas anti-epilépticas podem estar associadas a
déficits cognitivos. A politerapia (uso concomitante de várias drogas) é provavelmente
o fator mais influente para o desencadeamento dos efeitos indesejáveis.
Concluindo:
1. As drogas anti-epilépticas podem provocar déficits cognitivos em
maior ou menor intensidade, porém habitualmente é de pequena monta.
2. O fenobarbital provavelmente é a droga que mais transtornos
cognitivos acarreta;
3. A politerapia está habitualmente associada a mais efeitos colaterais.
Sites recomendados para leitura complementar do assunto:
www.abcdasaude.com.br Epilepsia/convulsão - Ataque
epiléptico
www.abcdasaude.com.br/artigo.php?95
www.abcdasaude.com.br/artigophp?425 Transtornos
Psiquiátricos na Infância, Transtornos da aprendizagem,
Transtornos das habilidades motoras e transtornos da
comunicação (linguagem).
www.abcsaude.com.br?artigo.php?13 Afasia

REFERÊNCIAS


GUERREIRO, Carlos A. M.; GUERREIO, Marilisia. Epilepsia. São Paulo: EPM 2004.
DIAMENT, Aron; CYPEL, Saul. Distúrbios de aprendizagem. Neurologia Infantil. 4. ed.
São Paulo: Atheneu 2005.