segunda-feira, 6 de abril de 2009

PBO- Aspectos medicos

Área Educacional

OBJETIVOS


Fornecer informações de uma patologia que afeta crianças e que pode,
em função da limitação motora, trazer alguma interferência na vida escolar.

LEITURA RECOMENDADA


Paralisia braquial obstétrica (PBO) é uma paralisia do membro superior
que pode ocorrer com a criança no momento do parto.
Ela é devida à lesão do plexo braquial (nervos responsáveis pelo
movimento e sensibilidade das mãos, dos braços e dos dedos) e é, geralmente,
atribuída á tração da cabeça e do pescoço durante a liberação dos ombros na
apresentação cefálica ou á tração sobre os braços estendidos acima da cabeça na
apresentação pélvica.
Um ou dois em cada mil recém-nascidos têm esta condição.
ANATOMIA DO PLEXO BRAQUIAL
O plexo braquial é formado pela união das raízes ventrais de C5 a T1
(segmentos medulares). Os ramos de C5 e C6 formam o tronco superior, os ramos de
C8 e T1 formam o tronco inferior e o ramo de C7 o tronco médio.
As divisões anteriores dos troncos superior e médio dão origem ao
fascículo lateral.
O fascículo medial é formado pela divisão anterior do tronco inferior e a
divisão posterior dos três troncos forma o fascículo posterior. Dos fascículos emergem
os nervos que inervam os músculos do membro superior.
Aspectos Médicos do Portador de Necessidades Especiais
PNES 2
RAMOS PRINCIPAIS
CLASSIFICAÇÃO

A PBO é classificada em paralisia alta (Erb-Duchenne), baixa (Klumpke)
e completa (Tabela 1). Erb-Duchenne é a forma mais comum (80% a 90% dos casos)
e tem melhor prognóstico. A forma Klumpke é rara (5% ou me’nos), tem pior
prognóstico e tem sido relacionada com uma forma completa que evoluiu com
recuperação rápida da porção alta do plexo braquial, anomalias congênitas (costela,
tendão ou vaso sangüíneo) comprimindo o plexo ou lesão medular.

Tipo Raízes Manifestações
TIPO
RAÍZES
MANIFESTAÇÕES
Erb-Duchenne
(paralisia alta)
C5 a C7

Braço acometido sem movimento, ao lado do
corpo, com o ombro rodado internamente,
cotovelo estendido e punho ligeiramente fletido.
Perda da abdução e da rotação externa do
braço. Incapacidade para a flexão do cotovelo
e supinação do antebraço. Ausência do reflexo
bicipital e de Moro no lado acometido.
Preservação da força do antebraço e da
capacidade de preensão da mão.
Possibilidade de deficiência sensorial na face
externa do braço, antebraço, polegar e
indicador

Klumpke
(paralisia baixa)
C8 e T1
Flexão do cotovelo e supinação do antebraço.
Acometimento dos músculos da mão com
ausência do reflexo de preensão palmar.
Reflexo bicipital e radial presentes. Síndrome
de Horner (ptose palpebral, enoftalmia, miose e
anidrose facial) quando há envolvimento das
fibras simpáticas cervicais e dos primeiros
nervos espinhais torácicos

Completa
C5 a T1
Membro superior acometido flácido com todos
os reflexos ausentes


Paralisia Braquial Obstétrica
KLUMPKE
Raiz de T1 (1 gânglio torácico) - fibras simpáticas da medula
são elevadas à face.
Síndrome de Claude-Bernard- Homer
􀁺 miose;
􀁺 enoftalmia;
􀁺 ptose palpebral;
􀁺 hiperemia, hipertermia e anidrose
facial do lado lesado.
PROGNÓSTICO
Pode ocorrer desde um discreto edema de uma das raízes até avulsão
completa de todo o plexo (arrancamento). Não havendo ruptura grave de raízes,
espera-se melhora importante dentro dos três primeiros meses e recuperação entre o
6o. e 12o. mês (75% a 80% dos casos). Contração do bíceps (músculo que faz a flexão
do cotovelo) antes de seis meses é sinal de bom prognóstico.
Em algumas crianças, não se observa qualquer sinal de melhora nos
primeiros seis meses. Essas crianças evoluem com paralisia persistente, atrofia
muscular e contraturas articulares com considerável prejuízo da função que pode
resultar em vários níveis de dificuldade com incapacidade para a realização de
determinadas atividades.
Indica-se tratamento fisioterápico desde os primeiros dias de vida.

INDICAÇÃO

Sugere-se pesquisa também de paralisia cerebral
Site particularmente recomendado, por ser abrangente, sério e
explicativo: http://www.sarah.br

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