domingo, 29 de março de 2009

Abordagem sobre a chamada terceira idade- Psicologia do desenvolvimento

Área Educacional

OBJETIVOS


Neste texto faremos uma pequena abordagem sobre a chamada terceira idade, ou seja, os idosos, na qual relataremos sobre o lazer e a ótica da exclusão dos mesmos.


LEITURA RECOMENDADA


Usualmente associa-se a terceira idade à dada época em que é permitido gozar a vida. A sua não obrigação com o trabalho, fruto da condição de aposentado, lhe permite o tão sonhado tempo livre, isto é, o tempo de lazer.
Entretanto, a realidade nos mostra que o idoso em nossa sociedade não vem se beneficiando dessa condição. A vivência do lazer, se não lhes é amplamente dificultada, tem sido, no mínimo, marginalizada. E a marginalização é uma das formas de exclusão mais comuns em nosso meio.
A exclusão no lazer passa pelos diversos limites impostos à vivência do lúdico (tempo, espaço, situação financeira, preconceitos, e outros), que acabam levando parcelas da população a abrirem mãos desse direito.
E o que é estar excluído? Silvino Santin nos mostra que:
“Estar excluído significa estar fora, não participar e não ter o direito de participar. É uma eliminação, uma expulsão, um afastamento. Significa estar privado de certas ou de todos os direitos. O excluído é alguém que não pode fazer parte do grupo. É como se não existisse”.
Segundo esse mesmo autor, vivemos hoje na era industrial, onde o referencial básico para se avaliar as condições humanas gira em torno do trabalho. É ele quem dita a ordem na sociedade. Tudo se desenvolve a partir dessa base. É também, a partir dela, que se processa a exclusão.
Aliás, se pensarmos historicamente, o lazer ganhou enfoque a partir das discussões trabalhistas. As lutas sindicais pela humanização das condições de trabalho levaram a reivindicação d um tempo de não-trabalho. Nesse período seriam desenvolvidas atividades livres de quaisquer obrigações. Não foi diferente com a maioria das outras conquistas sociais presentes hoje em nossa sociedade.
Portanto, ao se valorizar o homem pela sua condição de trabalho, como já foi dito, contorna-se aí a primeira forma de exclusão do idoso, que passa a ser descartável, pois não oferece mais retorno financeiro e sim encargos sociais à sociedade. Em vista disso, surgem os inúmeros preconceitos e, até mesmo, a negação da velhice, própria ou alheia.
O baixo poder aquisitivo e a redução do padrão de vida, conseqüência quase inevitável para a maioria dos aposentados; a falta de orientação para esse novo período da vida; as condições de saúde, muitas vezes precárias; a dificuldade de acessibilidade; a provável redução do círculo social; são outros fatores limitantes à prática do lazer.
Entretanto, com os grupos de convivência surge, uma importante forma de reação a esses limites. Os idosos, antes “despercebidos” socialmente, passam a somar bailes, jogos, eventos e as mais variadas atividades de lazer adaptadas e/ou destinadas aos idosos.
Todavia, é necessário avançar, pois, um trabalho dessa natureza corre o risco de “contribuir para a segregação” desse grupo etário, mantendo-o marginalizado perante a sociedade.

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