terça-feira, 31 de março de 2009

Educação... História II

Área Educacional

LEITURA RECOMENDADA


Educação: do senso comum a consciência filosófica de Dermeval Saviani que tem por objetivo explicitar a forma que se pode contribuir para elevar a prática educativa desenvolvida pelos educadores brasileiros do nível do senso comum ao nível da consciência filosófica. Saviani conceitua o senso-comum como sendo uma análise, Incoerente, Desarticulada, Implícita Degradada Mecânica Passiva e Simplista. Por sua vez considera a análise que objetiva alcançar a consciência filosófica, como sendo Unitária, Coerente, Articulada, Explicita, Original, Intencional, Ativa e, por fim, Cultivada.
Para que se consiga atingir tal formulação é necessário dispor de instrumentos lógico-metodológicos: empírico ® abstrato ® concreto.
O concreto é ponto de partida e ponto de chegada do conhecimento, e é a realidade social.
A passagem do empírico ao concreto corresponde, em termos de concepção de mundo, a passagem do senso comum à consciência filosófica:
REAL ® REFLEXÃO ® REAL

REALIDADE SOCIAL MÉTODO ANÁLISE DA REALIDADE SEGUNDO UM MÉTODO

Somente a educação formal, escolar é capaz de elevar o nível cultural do da massa, ou seja, elevar o nível cultural daqueles que não detêm os conhecimentos legítimos, a norma culta.
De tudo que foi dito conclui-se que a passagem do senso comum à consciência filosófica é condição necessária para situar a educação numa perspectiva revolucionária. Com efeito, é esta a única maneira de converte-la em instrumento que possibilite aos membros das camadas populares a passagem da condição de “classe em si” para condição de “classe para si”. Ora, sem a formação da consciência de classe não existe organização e sem organização não é possível a transformação revolucionária da sociedade (p. 13).
Preocupar-se com a educação significa preocupar-se com a elevação do nível cultural das massas e as elites, em relação à educação, comportam-se como o jesuitismo, cuja preocupação, segundo a crítica gramsciana, era manter as massas ao nível do sincretismo que caracteriza o senso comum.

NOÇÃO DE REFLEXÃO

Reflexão: vem do verbo “reflectere”: “voltar atrás”.
É um repensar, ou seja, um pensamento em segundo grau. Dessa forma, refletir é o ato de retomar, reconsiderar os dados disponíveis, revisar, vasculhar por um significado. Pode-se dizer que isto é um repensar, uma reflexão metódica.

AS EXIGÊNCIAS DA REFLEXÃO

Radical: é preciso que se vá até as raízes da questão, até seus fundamentos.
Rigorosa: para garantir a primeira exigência é preciso que haja um rigor, isto é, métodos determinados.
De conjunto: o problema não poderá ser examinado de modo parcial, deve ser relacionado com todos os aspectos em questão.

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