domingo, 15 de março de 2009

Psicologia do desenvolvimento

OBJETIVOS

Faremos uma breve apreciação sobre o comportamento da criança procurando identificar aspectos importantes de seu desenvolvimento.


LEITURA RECOMENDADA


Papalia, D. E. e Olds, S. W. (1981) afirmam que as crianças não podem aprender a pensar, salvo se aprenderem como isto é feito através do movimento físico real e, depois, através da atividade mental. Em um bebê a única atividade que podemos observar é a física e este é o enfoque do estudo da criança nesta idade. Os estudiosos do desenvolvimento constataram que existe uma ordem definida na aquisição de habilidades motoras, que vai do simples para o complexo.
Com a idade, o desenvolvimento motor da criança mostra mais controle e maior especificidade de função, pois o controle que ela tem das partes do corpo é diferenciado, ou seja, ela controla primeiramente as mãos e em seguida os dedos. Depois de conseguir controlar uma porção de movimentos diferenciados, estas habilidades são integradas em padrões complexos de comportamento. Grande parte do desenvolvimento motor inicial surge, fundamentalmente, a partir da maturação, porém, há de se considerar a interação com o ambiente.
Quanto ao comportamento da linguagem autores como Helen Bee (1996), descrevem que os sons que uma criança produz antes de10 a 12 meses de idade, não são realmente linguagem. O choro ocorre do nascimento até aproximadamente um mês de idade. O gorgeio ocorre a partir de 1 mês, quando o bebê começa a adicionar sons diferentes ao seu repertório. O balbucio ocorre em torno dos 6 meses e o bebê começa a usar uma gama muito maior de sons. Os sons que o bebê produz têm padrões de entonação um tanto semelhante ao da fala.
Quanto ao comportamento sócio-emocional sabe-se que o aspecto afetivo tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual. Ele pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento. Ele pode determinar sobre que conteúdos a atividade intelectual se concentrará. Na teoria de Piaget, o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois componentes: um cognitivo vinculado ao desenvolvimento afetivo. Afeto inclui sentimentos, interesses, desejos, tendências, valores e emoções em geral.
O afeto apresenta várias dimensões, incluindo os sentimentos subjetivos como o amor, a raiva, a depressão e aspectos expressivos como os sorrisos, os gritos, e as lágrimas. Na sua visão, o afeto se desenvolve no mesmo sentido que a cognição ou inteligência, e é responsável pela ativação da atividade intelectual.
Em vários livros Piaget descreveu cuidadosamente o desenvolvimento afetivo e cognitivo do nascimento até a vida adulta, centrando-se na infância. Com suas capacidades afetivas e cognitivas expandidas através da contínua construção, as crianças tornam-se capazes de investir afeto e ter sentimentos validados nelas mesmas.
Neste aspecto, a auto-estima mantém uma estreita relação com a motivação ou interesse da criança para aprender.
O afeto é o princípio norteador da auto-estima. Após, desenvolvido o vínculo afetivo, a aprendizagem, a motivação e a disciplina como meio para conseguir o autocontrole da criança e seu bem estar são conquistas significativas.
O desenvolvimento do afeto e da inteligência são temas nucleares nos estudos sobre psicologia da educação.

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