domingo, 29 de março de 2009

Desenvolvimento psicossexual- Psicologia do desenvolvimento

Área Educaci

OBJETIVOS

Neste texto trataremos do desenvolvimento psicossexual, segundo a teoria de Sigmund Freud, distinguindo as cinco fases do desenvolvimento.

LEITURA RECOMENDADA


Em 1905, em seu livro Três ensaios sobre a sexualidade, Freud descreveu a seqüência típica das manifestações do impulso sexual, distinguindo cinco fases: oral, anal, fálica, de latência e a fase adulta, chamada genital. A transição de uma fase a outra é muito gradual; as fases se superpõem e sua duração varia de um indivíduo para outro.
Fase Oral (de 0 a 18 meses) - Durante o primeiro ano e meio de vida, aproximadamente, os lábios, a boca e a língua são os principais órgãos de prazer e satisfação da criança: seus desejos e satisfações são orais. Essa afirmação baseia-se na análise clínica de crianças de mais idade e de adultos; é possível também observar no dia-a-dia a importância, para crianças dessa idade e mesmo mais velhas, de atos como sugar, por coisas na boca e morder, como fontes de prazer. Se as necessidades forem satisfeitas, a pessoa crescerá de maneira psicologicamente saudável; se não o forem, seu ego será imperfeito, como por exemplo, se as necessidades orais forem frustradas durante esse período, por desmame prematuro, por afastamento rigoroso de todos os objetos para sugar (incluindo o polegar), o ego poderá ser incapaz de superar os desejos orais frustrados. Alguns psicanalistas atribuem o alcoolismo, por exemplo, a frustrações na fase oral.
Fase Anal (de 18 meses a 3 anos) - No ano e meio seguinte, época em que a criança está sendo ensinada a controlar as fezes e a urina, sua atenção se focaliza no funcionamento anal. Por isso, a região anal toma-se o centro de experiências frustradoras e compensadoras. Os pais aprovam e recompensam a criança por uma defecação no local e no momento adequados, e procuram desestimular a mesma atividade em circunstâncias inadequadas. Sensações de prazer e desprazer associam-se tanto com a expulsão como com a retenção das fezes, e esses processos fisiológicos, bem como as fezes em si, são objeto do mais intenso interesse da criança. Esta e a chamada fase anal. Se, durante este segundo estágio, sobrevierem muitas frustrações, devidas a um treino excessivamente severo de controle dos esfíncteres, o ego poderá ser prejudicado em seu desenvolvimento. Psicanalistas atribuem a avareza, a exagerada preocupação com a limpeza e a meticulosidade (no adulto) a frustrações ocorridas na fase anal. Esses traços constituem a chamada personalidade anal. A avareza ou sovinice, isto e, o prazer no acumulo e guarda de bens, poderia ter-se originado do prazer que a criança experimentou em reter as fezes. A exagerada preocupação com a limpeza e a ordem (tanto no plano material quanta no mental) tem sido relacionada com exigências excessivas de limpeza que os pais fazem às crianças nessa idade.
Fase Fálica (de 3 a 7 anos) - Por volta do final do terceiro ano de vida, o papel sexual principal começa a ser assumido pelos órgãos genitais e, em regra, é por eles mantido até a vida adulta. Essa fase do desenvolvimento sexual recebeu o nome de tática (falo = pênis), pois o pênis é o principal objeto de interesse para a criança de ambos os sexos. Nesta fase, merecem menção algumas manifestações do impulso. Uma delas é o interesse pelas diferenças anatômicas entre os sexos. A criança deseja ver os genitais das outras, bem como mostrar os seus. Sua curiosidade e exibicionismo, naturalmente, incluem outras partes do corpo, bem como outras funções orgânicas. É ainda nessa fase que aparecem os complexos de Édipo e de castração.Os psicanalistas chamam de Complexo de Édipo a atração da criança pelo progenitor do sexo oposto, que ocorre aproximadamente dos 3 aos 5 anos. (o jovem príncipe Édipo, personagem-título da tragédia grega Édipo rei, de Sófocles, assassina o pai e casa-se com a mãe). Nesse período configura-se o fenômeno da identificação com o progenitor do mesmo sexo. Os psicanalistas explicam os fatos do período fálico da seguinte maneira: a criança ama o progenitor do sexo oposto; percebendo, porém, que este tem uma afeição especial pelo progenitor do mesmo sexo que ela, procura assemelhar-se a este último, identificar-se com ele, para também merecer o amor do progenitor do sexo oposto. Uma menina, portanto, gosta muito de seu pai e percebe que este tem especial afeição para com sua mãe. Então, para merecer o amor do pai, procura identificar-se com a mãe, imitando-a (usando sapato de salto alto, batom, ocupando-se das tarefas maternas etc). Esta menina, vivendo num lar harmonioso, tornar-se-á bem feminina. Transpondo, porém, a mesma situação para um lar em que o marido deprecie a esposa, a filha deste casal - que ama o pai e quer sua afeição - não procurará identificar-se com a mãe, a quem não julga bom modelo. Para evitar parecer-se com ela, poderá tornar-se uma personalidade com características masculinas. A mesma situação repetir-se-á, analogamente, com o menino: num lar normal, harmonioso, o menino procurará imitar o pai, para merecer a afeição da mãe, a quem muito ama. Tornar-se-á bem masculino. Todavia, num lar em que haja desavenças, em que a esposa deprecie e ridicularize o marido, o menino, desejando o amor da mãe, não procurará imitar o pai. Ao evitar o modelo masculino, poderá tornar-se uma personalidade com características femininas.
Fase de Latência (de 7 a 12 anos) - Após as fases: oral, anal e fálica, segue-se a de latência, aproximadamente entre 7 e 12 anos. Esse período corresponde aos anos da escola de primeiro grau, quando a criança estará voltada para a aquisição de habilidades, valores e papéis culturalmente aceitos. Em relação à fálica - com tantas dificuldades e tensões - esta fase parece ser bem mais calma. Ela e chamada de latência porque os impulsos são impedidos de se manifestar. Nesta fase aparecem na criança barreiras mentais, impedindo as manifestações da libido. Barreiras essas que Freud identificou como repugnância, vergonha e moralidade. O impulso sexual dirige-se para finalidades culturais: domínio da leitura, da escrita e de muitas outras habilidades. Esta é uma época de nítida separação entre meninos e meninas e de rivalidade entre os dois grupos. Depois da puberdade (que ocorre aproximadamente dos 12 aos 14 anos para as meninas e dos 14 aos 16 para os meninos), começa a fase adulta, que é conhecida como genital.
Fase genital (idade adulta) - Segundo Freud, nesta fase, a libido, através da atividade sexual normal, é descarregada em um ser humano do sexo oposto. É a fase dos interesses heterossexuais.
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