terça-feira, 31 de março de 2009

O homem- História da educação II

Área Educacional

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Com o seu trabalho, o homem produz transformações intencionais no meio físico e social onde vive. Essas transformações fazem parte do processo cultural e social do indivíduo, no qual, ele assimila representações, disposições, valores e relações úteis para sua convivência na sociedade. É assim que se formam as relações sociais entre os homens é assim que se forma o ser social.
O homem, para melhor se adaptar, foi se educando, ou seja, descobriu que através das extensões poderia atingir com maior facilidade seu objetivo. Por exemplo, o homem utiliza a calculadora e o computador para agilizar seu trabalho e essas máquinas são extensões das funções cerebrais.São extensões que facilitam seu trabalho e que surgiram das necessidades criadas a partir desse mesmo trabalho
Nesse processo potencial humano é ampliada pelas organizações sociais, a educação, portanto, é parte intencional do processo de evolução social humana, pois este permite ao indivíduo o desenvolvimento das capacidades cognitivas, afetivas, neurológicas e psicomotoras consideradas úteis para a vida em sociedade de acordo com a cultura. O autor Carlos Rodrigues Brandão, mostra este fenômeno no exemplo do primeiro capítulo do livro O que é educação, quando se refere à resposta dada pelo chefe indígena ao receber uma carta convidando-o a mandar seus jovens a escola dos brancos. O chefe indígena recusa a oferta, pois os índios que aprenderam, que se educaram, na escola dos brancos, não sabiam caçar, pescar e, conseqüentemente, sobreviver na floresta. Os índios precisavam de guerreiros ágeis e fortes para lutar pela vida na selva (aldeia). Portanto, cada cultura molda sua sociedade para atender suas necessidades.Em outras palavras, cada cultura socializa sua comunidade naquilo que é tido como legítimo, necessário, importante.
Essa intencionalidade na educação significa que o processo está associado a uma finalidade (resultado) compatível com o estado final pretendido, ou seja, consciente ou inconscientemente o indivíduo assimila disposições, ações, preceitos e conceitos que permitem sua adaptação à vida social e a satisfação de suas necessidades. A sociedade é um conglomerado de educação permeado pela cultura.
Essas organizações podem ser formais ou informais. São formais as que possuem regras, formas de conduta estabelecidas; por exemplo: empresas, escolas. São informais as que não seguem regras explícitas de conduta estabelecidas; por exemplo: grupos de amigos, família.
As organizações (formais ou informais) são sistemas, conjunto de partes que interagem entre si para reproduzirem resultados.
Esses sistemas podem ser mecânicos (relógio mecânico, máquina), orgânicos (corpo humano) e sociais (sobrevivência na selva após a queda de um avião) e seus elementos interagem entre si, caso não ocorra essa interação, o sistema entra em colapso.
O sistema produz também a hierarquia e a alienação, pois, quando um grupo se organiza é necessário um líder e outras pessoas para determinadas áreas (setor).
Na educação, a escola é um exemplo de sistema porque procura atingir um resultado (educar), é organizada por regras (conduta), possui uma hierarquia e faz parte de uma sociedade.
Dentro de determinada cultura há um tipo de trabalho que leva à formação de uma sociedade, que é um sistema complexo sujeito a regras.

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